Mulheres vítimas do falso psicanalista prestam depoimento sobre os abusos sexuais sofridos

As vítimas do falso psicanalista suspeito de abusar sexualmente de mulheres em Arcoverde, no Agreste de Pernambuco, prestaram depoimento à polícia. As cinco mulheres, com idades entre 20 e 28 anos, contaram como o homem se aproximou delas para cometer as violências. 

Uma das vítimas, de 25 anos, relatou que teve um relacionamento amoroso com o suspeito entre os anos de 2017 e 2018. Segundo a jovem, ele costumava ser agressivo.

"Durante nosso namoro ele me relatou que tinha tentado fazer sexo comigo quando eu estava dormindo. [...] Era uma coisa bem bizarra. Ele era muito manipulador e muito agressivo durante nosso namoro", contou a vítima. 

Outra mulher, de 28 anos, narrou que o homem se aproximou dela em 2019, e se aproveitou de um momento de luto para abusá-la.
 
“Eu tava passando por um momento vulnerável, e foi assim que ele conseguiu se aproximar de mim. [...] Tudo que eu contava para ele era usado como ameaça, e foi assim que ele me abusou sexualmente. Depois começaram as agressões psicológicas e físicas."

A vítima mais recente, de 20 anos, foi quem realizou a primeira denúncia. Ela contou que conheceu o suspeito em 2018, através de um perfil falso nas redes sociais. Ela também afirmou que a mãe do homem incentivava a relação. 

“Eu tinha acabado de terminar um relacionamento, era um momento de vulnerabilidade. Desde o começo, as instruções eram sempre para pegar a mão dele e botar em partes do meu corpo, ou que fizesse carinho nele, ou que chegasse mais perto dele para ele sugar os eremitas e os obsessores. [...] Ele forçava que, se eu fizesse, a vida dos meus irmãos melhoraria, que a minha vida melhoraria, que meu relacionamento daria certo.”, relatou a mulher. 

O suspeito era psicólogo e servidor público na cidade de Buíque. Ele foi preso preventivamente na última seguda-feira (24) pela Polícia Civil, acusado pelos crimes de assédio sexual e estupro mediante fraude. Tanto a Polícia quanto o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) não descartam a existência de outras vítimas.