Operação “amphis” investiga esquema de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e manutenção de instituição financeira clandestina

Policiais federais foram às ruas para dar cumprimento a nove mandados de busca e apreensão relativos à segunda fase da operação Amphis, que investiga a ação de doleiros que atuam no Recife, em outras cidades do Brasil e também nos Estados Unidos. Além das ordens judiciais, os agentes também realizaram o sequestro de bens de suspeitos de crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, manutenção de instituição financeira clandestina e organização criminosa. 

De acordo com as investigações da PF, iniciadas no ano passado, o  esquema fraudulento teria movimentado mais de R$250 milhões nos últimos dez anos. No Grande Recife, entre os bens seqüestrados estão quatro apartamentos localizados no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, que pertencem a um casal de doleiros. Ainda segundo a PF, a dupla possui casas de câmbio no Recife e em Porto de Galinhas, em Ipojuca, no Litoral Sul, e mantêm negócios semelhantes no estado da Flórida, nos EUA.

A coleta de mídias e documentos foi feita em empresas e nas residências dos suspeitos. Dessa vez, os policiais miraram em operadores financeiros que auxiliavam os doleiros no esquema fraudulento, que consistia no envio de remessas de valores do Brasil para o exterior, muitas vezes de forma clandestina. Por determinação da Justiça, contas das empresas ligadas aos investigados foram bloqueadas.  

As investigações também mostraram que apesar de possuírem autorização para realização de algumas operações de câmbio, os  suspeitos iam além e faziam o procedimento através de contas abertas em nome de laranjas ou empresas-fantasma. 

A primeira fase da Operação Amphis foi desencadeada em outubro do ano passado e também mirou doleiros. Por enquanto, ninguém foi preso. Além de Pernambuco, foram cumpridos mandados  nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Confira mais informações na reportagem de Samuel Santos, clicando no play acima.