Pesquisadores da UPE lideram estudo sobre impactos do Zika vírus na gravidez
É a pesquisa mais robusta e com maior número de crianças nascidas de gestantes infectadas pelo vírus Zika publicado até o momento.

Foto: Universidade de Pernambuco
Uma colaboração nacional, liderada por pesquisadores da Universidade de Pernambuco Fiocruz e de outras 24 instituições do Brasil agrupadas no Consórcio Brasileiro de Coortes relacionadas ao vírus Zika, tem a pesquisa mais robusta e com maior número de crianças nascidas de gestantes infectadas pelo vírus Zika publicado até o momento. A necessidade dessa avaliação surgiu após uma epidemia de microcefalia no Brasil em 2015, mas as amostras pequenas, a alta variabilidade entre as estimativas e a limitação dos dados de vigilância limitavam a confiabilidade da estimativa do risco das manifestações dos principais sinais que envolvem deficiências neurológicas funcionais, anormalidades de neuroimagem, alterações auditivas e visuais e microcefalia. As disfunções aparecem mais frequentemente de forma isolada do que em combinação, com menos de 0,1% das crianças expostas apresentando duas delas simultaneamente.
Os resultados foram encontrados a partir da análise combinada de dados de 13 estudos que investigam os resultados pediátricos em gestações afetadas pelo Zika vírus durante a epidemia de 2015 a 2017 no Brasil. Ao todo, participaram da pesquisa 1.548 gestantes de 13 coortes do Zika Brazilian Cohorts Consortium. Esses dados abrangem todas as quatro regiões do Brasil afetadas pela epidemia neste período, com infecção pré-natal confirmada em laboratório por testes genéticos e avaliação dos potenciais efeitos adversos em nível individual.
Em relação à microcefalia, condição neurológica em que a cabeça do bebê é menor do que o esperado para sua idade e sexo, uma a cada 25 crianças nascidas de mães infectadas pelo vírus Zika durante a gravidez apresentou a disfunção no nascimento ou durante o acompanhamento. A realização de estudos adicionais com tempo de acompanhamento mais longo é apontada pela equipe de pesquisadores como o futuro da pesquisa publicada. Os possíveis caminhos para investigação incluem a avaliação do risco de hospitalização e morte para crianças com microcefalia à medida que envelhecem e, naquelas sem microcefalia, averiguar os riscos de outras complicações, como aquelas ligadas ao desenvolvimento comportamental ou neuropsicomotor.
Ouça a nota da repórter Ana Júlia Duarte clicando no play acima
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