Relatório mostra que SDS tinha conhecimento prévio sobre confrontos entre organizadas

Foto: Reprodução/g1 PE
As forças de segurança de Pernambuco tinham conhecimento prévio dos confrontos marcados entre as torcidas organizadas do Santa Cruz e do Sport, que resultaram nos atos violentos registrados no último sábado (1º) no Recife e na RMR. A confirmação está em um relatório da Delegacia de Polícia de Repressão à Intolerância Esportiva (DPRIE), que reprime crimes esportivos, elaborado antes da partida para orientar a Secretaria de Defesa Social (SDS) sobre as ações desses integrantes.
No documento, há um trecho que mostra que a Polícia tinha acesso aos pontos de confrontos, como também sabia que as pessoas estariam com "bombas caseiras e barrotes com pregos para lesionar o rival com o maior dano possível, bem como danificar patrimônios privados e públicos no deslocamento até o estádio”, segundo o relatório, o qual o portal g1 teve acesso.
Apesar disso, no último sábado, em coletiva de imprensa, o secretário de Defesa Social Alessandro Carvalho afirmou que “não houve nenhuma falha no policiamento”. A fala ocorreu no mesmo dia em que o Governo de Pernambuco proibiu a presença de torcedores nos próximos cinco jogos dos dois times, em qualquer campeonato, medida que tem gerado repercussão e insatisfação dos clubes e das torcidas.
Após os episódios de violência, integrantes da organizada do Santa Cruz publicaram nas redes sociais um documento protocolado junto à Polícia Militar, que mostra o percurso que a organizada seguiria, que inclui um dos pontos onde os conflitos foram registrados. Ao todo, 12 pessoas foram encaminhadas para o Hospital da Restauração, no Recife, das quais 4 ainda seguem internadas com quadro de saúde estável.
Por nota, a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco reforçou que o planejamento de segurança para eventos esportivos é feito com antecedência e considerando um conjunto de variáveis, além das informações e documentações fornecidas pelas organizadas. E que, apesar do planejamento, os fatos que ocorreram no último sábado (1º) fugiram do padrão esperado, exigindo uma resposta rápida e firme das forças de segurança. O efetivo atuou para evitar mortes e minimizar danos às pessoas e ao patrimônio, dispersando os grupos envolvidos e controlando os confrontos da maneira mais ágil possível”.
Ainda segundo a Polícia Civil, no sábado, 32 pessoas foram conduzidas a unidades policiais, sendo 13 presas em flagrante. Dessas pessoas, três estão custodiadas no hospital. Uma seria o presidente de uma das organizadas e uma pessoa que teria participado também do ataque ao ônibus do Fortaleza, no ano passado. Os envolvidos devem responder por associação criminosa, crimes de Lei Geral do Esporte, danos e lesão corporal.
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