"Todos os indícios atestam que Heloysa foi morta por policial que participava da operação", afirma Gajop sobre episódio em Porto de Galinhas
A Polícia Civil de Pernambuco divulgou que o inquérito, referente ao caso da menina Heloysa Gabrielle, foi concluído com indiciamento e remetido à Justiça

Foto: Acervo Pessoal
O caso da menina Heloysa Gabrielle, de 6 anos, morta há quatro meses durante uma perseguição policial na comunidade de Salinas, em Porto de Galinhas, no Litoral Sul do Estado, segue sem solução. Embora a Polícia Civil de Pernambuco tenha encerrado as investigações sobre a morte da criança, a responsabilidade pelo disparo que matou Heloysa não foi apontada pela Secretaria de Defesa Social (SDS).
Em nota oficial, a Polícia Civil informou apenas que “o inquérito, referente ao caso da menina Heloysa Gabrielle, foi concluído com indiciamento e remetido à Justiça. No âmbito administrativo, a Investigação Preliminar instaurada pela Corregedoria está em fase de conclusão, assim como o Inquérito Policial Militar instaurado pela PMPE”.
Em contrapartida, o Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop), divulgou uma nota, que afirma que “todas as evidências apresentadas no Inquérito Policial, que incluem depoimentos, reprodução simulada e microcomparação balística, demonstram que a autoria do homicídio de Heloysa, veio de um disparo vindo da arma de um dos policiais que participavam da operação”.
Ainda segundo o documento da Gajop, “há claros indícios de fraude processual praticada pelos agentes públicos policiais militares e que as investigações sobre a fraude seguem no Inquérito Policial Militar e na sindicância administrativa na Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social - SDS.”
O caso de Heloysa não é isolado. A violência tem sido maior em Pernambuco nos últimos anos. De acordo com dados da própria SDS, em junho de 2022 houve um aumento de 7,5% no número de homicídios em comparação com o mesmo mês de 2021. Segundo o presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco, Pedro Henrique, o aumento se deve à falta de investimento no policiamento do Estado.
Sobre o caso Heloysa, moradores da região de Ipojuca atestam que a brutalidade policial na localidade é frequente. O assassinato da menina gerou revolta na população, que realizou diversos protestos pedindo justiça pela morte da criança. A menina morreu no dia 30 de março deste ano, na frente da casa da avó, enquanto brincava no local.
Ouça a matéria do repórter Israel Teixeira, clicando no play acima.
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