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Trabalhadores vítimas de condições análogas à escravidão são resgatados em Caruaru


Por: REDAÇÃO Portal

Oriundos de diversos municípios do interior de Pernambuco, as vítimas viviam em situação degradante

12/06/2025
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Oriundos de diversos municípios do interior de Pernambuco, as vítimas viviam em situação degradante

Foto: Reprodução

Seis trabalhadores em condições análogas à escravidão foram resgatados em uma granja localizada na Zona Rural de Caruaru, no Agreste. Esses empregados, que atuavam no abate de aves, carregamento de caminhões e fornecimento de frangos vivos e abatidos para feiras livres, viviam em situação degradante, expostos a riscos de acidentes e sem registro em carteira.

Na inspeção, foi constatado que os trabalhadores dormiam em colchões sujos, apoiados em caixotes de transportar galinhas. Eles estavam alojados no mesmo galpão em que eram armazenados sacos de esterco, pneus e carrocerias de caminhão. O local também não possuía instalações sanitárias, água potável ou condições mínimas de higiene.

As irregularidades ainda se estendiam ao ambiente de trabalho, que incluía atividades em altura sem qualquer proteção, além do uso de máquinas sem sistemas de segurança e sem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados. Um acidente com barra metálica que atingiu o olho de um trabalhador não foi comunicado oficialmente, descumprindo a legislação trabalhista.

A operação foi realizada pela Auditoria Fiscal do Trabalho em conjunto com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Ministério Público do Trabalho (MPT), além do apoio da Polícia Federal (PF). Após o resgate, houve a rescisão contratual de todos os trabalhadores. 

O empregador foi notificado a pagar R$ 291 mil em verbas rescisórias e os resgatados foram cadastrados para receber três parcelas do seguro-desemprego especial, benefício previsto para vítimas de trabalho análogo à escravidão.

De acordo com o MPT, a empresa se recusou a firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), e, por isso, será alvo de uma ação civil pública para responsabilização judicial. As vítimas, que são oriundas de diversos municípios do interior de Pernambuco, também serão encaminhados aos serviços de assistência social dos municípios e do governo estadual para acompanhamento e apoio psicossocial.

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