O Brasil se destaca como o maior programa de imunização do mundo, servindo de exemplo até mesmo para nações desenvolvidas.

Foto: via g1
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Brasil, ao longo de 50 anos, tem se destacado e desempenhado a missão de administrar centenas de milhões de doses de vacinas anualmente, abrangendo mais de 5 mil municípios. Ele se destaca como o maior programa de imunização do mundo, servindo de exemplo até mesmo para nações desenvolvidas.
Apesar de ser reconhecido como o maior programa público e gratuito de vacinação global, com 20 vacinas que erradicaram doenças importantes como a poliomielite, o tétano neonatal e a rubéola congênita, o programa completa seu 50º aniversário enfrentando obstáculos que resultaram na redução das taxas de cobertura vacinal aos níveis dos anos 1980. Pesquisadores veem com esperança o novo capítulo do programa, mas reconhecem que ainda há um longo caminho a ser percorrido.
A chefe de saúde do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, Luciana Phebo, classifica o programa como uma referência global, e destaca a importância do SUS. "O SUS (Sistema Único de Saúde) é extraordinário, está acima do que acontece no mundo e até mesmo em países desenvolvidos, com a capilaridade, com uma gestão unificada, com o Ministério da Saúde chegando aos municípios mais remotos e a todo o território nacional, que é vastíssimo. Poucos países têm essa estrutura."
Apesar disso, foram observadas quedas nas coberturas vacinais desde 2015, com isso, um sinal de alerta surgiu para autoridades sanitárias do Brasil e do exterior, com a possibilidades de que doenças já erradicadas do país se tornem uma preocupação.
Em entrevista à Agência Brasil, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, destaca que o governo tem atuado para restabelecer o protagonismo do programa e a confiança da sociedade no Ministério da Saúde enquanto autoridade sanitária nacional. Apesar de considerar que o desafio está sendo vencido, ela lembra que a reconstrução será progressiva e levará tempo. "Reconquistar as altas coberturas vacinais, portanto, em um segundo momento, pode voltar a nos colocar em uma posição de referência que nos faça contribuir mais no enfrentamento ao negacionismo e à hesitação vacinal. Nosso objetivo é voltar a ser exemplo para o mundo. Retomar essa posição de referência internacional e mobilizá-la na nossa cooperação com outros países, incluindo a vacinação, é nossa prioridade."
Ouça a nota da repórter Clara dos Anjos clicando no play acima.
Not��cias Relacionadas
- Por REDAÇÃO
- 16/06/2025
Hapvida inaugura hospital de alta complexidade na Ilha do Leite, no Recife
Na nova estrutura, serão atendidos casos de média e alta complexidade
- Por REDAÇÃO
- 09/06/2025
Pernambuco lidera transplantes renais no Norte e Nordeste e alcança 4ª posição nacional
Estado registra 624 transplantes entre janeiro e abril de 2025 e projeta...
- Por REDAÇÃO
- 06/06/2025
Pernambuco abre 36 novos leitos pediátricos devido crise de SRAG em crianças
A medida foi tomada uma semana após o decreto de situação de emergência
- Por REDAÇÃO
- 05/06/2025
Recife terá primeiro centro de equoterapia em hospital público do Nordeste voltado ao TEA
Novo Hospital da Criança contará com Núcleo de Desenvolvimento Integral e...
- Por REDAÇÃO
- 04/06/2025
SES-PE abre inscrições para bolsas integrais em cursos de saúde através do FormaSUS; confira
Inscrições podem ser realizadas até o dia 18 de junho
- Por REDAÇÃO
- 03/06/2025
Hospital das Clínicas realiza implante inédito no SUS em Pernambuco
O procedimento consiste no implante de um sistema de válvulas cardíacas