Carregando
Recife Ao Vivo

CBN Recife

00:00
00:00
Cidade

Alagamentos, transtornos e morte: confira saldo deixado, nesta segunda, pela falta de infraestrutura das cidades para os períodos de fortes chuvas

Ouvir

Por: REDAÇÃO Portal

Segundo a Apac, a situação se dá devido a aproximação de um Distúrbio Ondulatório de Leste (DOL), o mesmo fenômeno que provocou as chuvas intensas do final de maio e início de junho do ano passado

Segundo a Apac, a situação se dá devido a aproximação de um Distúrbio Ondulatório de Leste (DOL), o mesmo fenômeno que provocou as chuvas intensas do final de maio e início de junho do ano passado

Foto: Reprodução/g1 via WhatsApp

06/02/2023
    Compartilhe:

Mais uma vez, uma madrugada e manhã inteira de chuvas na Região Metropolitana do Recife (RMR) repetem as mesmas histórias fatais. Nesta segunda-feira (06), Pernambuco registrou a primeira morte de 2023 devido a ausência de políticas públicas efetivas de apoio à população e preparação das cidades para períodos de fortes chuvas.

Israel Campelo dos Santos, um jovem de 19 anos, faleceu após ser soterrado enquanto dormia, em Olinda, no Grande Recife. O desastre aconteceu depois de uma barreira deslizar sobre duas casas localizadas numa área de morro. 

Das nove pessoas que se encontravam nos imóveis no momento em que a tragédia aconteceu, seis foram soterradas, entre elas, Israel e duas crianças de 12 e 4 anos de idade.

De acordo com a Prefeitura de Olinda, a região onde aconteceu o incidente é uma área condenada para a moradia pela Defesa Civil do Município e que tem licitação em processo para receber aplicação de geomanta.

Em entrevista à TV Globo, questionado sobre a vigilância feita pela Gestão Municipal para evitar que moradores retornem a habitar na localidade, o Secretário Executivo de Defesa Civil de Olinda, Irapoan Muniz, chama a ação de “resistência”. Os moradores, por sua vez, rebatem a afirmação, apontando a ausência de opções

Na capital, Recife, até o início da tarde desta segunda-feira, foram registrados 158 mm de precipitação, volume que supera, em 128%, toda chuva esperada para o mês de fevereiro. Foram recebidos 207 chamados pela Defesa Civil do Município, que tem mais de 3 mil profissionais nas ruas para prestar auxílio à população. 

A situação se dá, de acordo com a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), devido a aproximação de um Distúrbio Ondulatório de Leste (DOL), o mesmo fenômeno que provocou as chuvas intensas do final de maio e início de junho do ano passado no Estado, que deixou 132 mortos. 

Nesta manhã, a APAC anunciou Estado de Atenção, isto é, risco moderado a alto por conta das chuvas, para o Grande Recife e Zonas da Mata Norte e Sul do Estado. A previsão do tempo também indica chuvas em outras regiões do Agreste e Sertão, mas em menor intensidade.

Ao menos 9 árvores tiveram queda total ou parcial no Recife; dezenas de ruas ficaram completamente alagadas; um túnel, onde uma idosa morreu afogada em agosto de 2022, precisou ser interditado; na Avenida Caxangá, os dois sentidos da via ficaram tomados por água e as pessoas ilhadas na estação BRT.

O Hospital das Clínicas, na Cidade Universitária, amanheceu com corredores tomados por água e parte do forro de gesso da unidade cedeu. As Universidades Federal (UFPE), Federal Rural Pernambuco (UFRPE) e a estadual, Universidade de Pernambuco (UPE) suspenderam o expediente administrativo e as aulas durante toda a segunda, assim como o Ministério Público e o Tribunal Regional Eleitoral do Estado.

Ouça a matéria de Assíria Florêncio sobre o assunto clicando no play acima.

Notícias Relacionadas

Comente com o Facebook