Antes de morrer, mulher que transmitiu o próprio assassinato postou que mãe foi sequestrada” por mais de dez homens”, em Camaragibe
No vídeo transmitido ao vivo os três irmãos afirmam estar debaixo de câmeras de segurança para mostrar a abordagem dos homens no local

Foto: Divulgação
Uma das vítimas do episódio violento que resultou em oito mortes em Camaragibe, no Grande Recife, Ágata Ayanne relatou nas redes sociais acontecimentos que se deram após a morte dos dois policiais, Eduardo Roque Barbosa de Santana e Rodolfo José da Silva, e que resultaram no próprio óbito e de cinco de seus familiares. Ayanne era irmã de Alex Silva, apontado como o autor dos disparos que levaram a óbito os dois militares.
A mulher chegou a transmitir o próprio assassinato em uma das redes sociais, mas antes de morrer postou que “a mãe teria tido a casa invadida e sido sequestrada por mais de dez homens” e afirmou ainda ter ido em delegacias em busca de informações sobre o paradeiro da sua mãe que foi encontrada morta na cidade de Paudalho, Zona da Mata Norte do Estado, ao lado de sua cunhada Maria Nathalia Campelo do Nascimento, de 27 anos companheira de Alex.
Nas mensagens, Ayanne se disse “desesperada”; que os homens que levaram sua mãe atiraram no pneu da moto de seu pai e pediu ainda a presença da imprensa no local, alegando que a mãe não teria qualquer envolvimento com o episódio. Ayanne foi morta ao lado de dois irmãos, Amerson Juliano da Silva e Apuynã Lucas da Silva, ambos de 25 anos; No vídeo transmitido ao vivo os três irmãos afirmam estar debaixo de câmeras de segurança para mostrar a abordagem dos homens no local.
A série de assassinatos se deu após uma denúncia de perturbação de sossego no bairro da Tabatinga, em Camaragibe. Segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS-PE), a denúncia consistia na atitude de um homem que estaria em cima de uma laje "dando tiros para cima em uma comemoração". Ainda de acordo com a pasta, Alex da Silva “possuía uma arma de mira a laser e, ao ver os policiais se aproximando do imóvel, atirou na cabeça de ambos”. A SDS, no entanto, não confirma se o homem que dava tiros para o alto era Alex.
Os crimes estão sendo investigados pelo Governo do Estado e ainda pelo Ministério Público de Pernambuco que solicitou às Polícias civil e militar, bem como ao Instituto de Medicina Legal, e ainda à Secretaria de Defesa Social laudos periciais e outras documentações referentes à investigação.
As mortes dos dois policiais ocorreram na noite da quinta-feira (14), e, na sexta-feira (15), cinco pessoas da família de Alex apareceram mortas. Alex também foi morto após confronto com a polícia no final da manhã da sexta-feira, após operação policial que contou inclusive com helicóptero da SDS. Quatro pessoas ficaram feridas nas ações, sendo dois policiais com ferimentos leves, um adolescente de 14 anos que foi atingido no braço e uma mulher grávida de 7 meses que foi baleada na cabeça. O estado de saúde da mulher não está sendo mais divulgado após pedido de seus familiares.
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