Anvisa aprova novo medicamento que retarda o avanço do Alzheimer

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do medicamento Kisunla, cujo princípio ativo é o donanemabe, que, segundo a agência, é um anticorpo monoclonal que se liga a uma proteína chamada beta-amiloide, usada para tratar pacientes com Alzheimer em estágio inicial. O remédio é um anticorpo monoclonal que atua diretamente sobre a proteína beta-amiloide, responsável por formar placas no cérebro que contribuem para o avanço da doença. Aprovado após estudo com mais de 1.700 pessoas, o fármaco demonstrou eficácia ao retardar a progressão clínica da doença em comparação com placebo.

O ensaio clínico acompanhou pacientes com comprometimento cognitivo leve e demência leve ao longo de 76 semanas. Aqueles que receberam donanemabe apresentaram uma evolução mais lenta do Alzheimer, o que representa uma esperança para o tratamento da condição, considerada uma das mais devastadoras doenças neurodegenerativas. As reações mais comuns foram sintomas semelhantes aos da gripe, dores de cabeça e febre durante a infusão do medicamento.

Apesar dos avanços, a Anvisa alerta que o uso do donanemabe é contraindicado para pacientes que tomam anticoagulantes ou apresentam angiopatia amiloide cerebral. O Ministério da Saúde reforça a importância dos cuidados multidisciplinares e da atuação de familiares e profissionais no acompanhamento contínuo dos pacientes. No Brasil, o tratamento gratuito pelo SUS continua sendo uma importante ferramenta de suporte àqueles diagnosticados com Alzheimer.