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Cientistas da Fiocruz descrevem, em estudo, maior surto de Candida auris do País, ocorrido em Pernambuco

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Por: REDAÇÃO Portal

Brasil se prepara para chegada do fungo desde 2017

Brasil se prepara para chegada do fungo desde 2017

Foto: Reprodução/Adobe Stock

23/01/2023
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Em 11 de janeiro do ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmava o terceiro surto do fungo Candida auris no Brasil; e o então o centro de registros expressivos do número de casos da doença foi em Pernambuco, no Hospital da Restauração, localizado no bairro do Derby, na área central do Recife. 

Agora, pouco mais de um ano depois, cientistas da Fundação Oswaldo Cruz apontam que os 48 casos confirmados, registrados entre novembro de 2021 e fevereiro de 2022, foram o maior surto já causado pelo fungo na história do país. 

A infecção por Candida auris preocupa os pesquisadores exatamente porque, diferente da maioria dos fungos ambientais conhecidos, apresenta tolerância a temperaturas elevadas de 37°C a 42°C, além de ser resistente aos principais medicamentos antifúngicos e ser capaz de sobreviver por longos períodos fora de hospedeiros humanos.

Casos da doença têm sido registrados em todo o mundo, e quase sempre associados à alta morbidade e mortalidade. O fungo apareceu pela primeira vez no Japão, em 2009; e, desde então, com exceção da Antártica, todos os continentes do planeta já registraram a doença.

De volta ao Brasil, o primeiro caso da C. auris nas terras tupiniquins foi identificado na Bahia, em novembro de 2020, mas, desde março de 2017, o país tem se preparado para a chegada do fungo.

De acordo com o cientista Reginaldo Gonçalves de Lima Neto, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e um dos envolvidos na pesquisa da Fiocruz, o rápido diagnóstico desses pacientes foi devido ao Sistema Único de Saúde, e por conta dessa celeridade foi possível observar “que houve um baixo número de óbitos entre esses pacientes”. 

O estudo feito demonstrou, segundo o pesquisador, “que a presença de Candida auris em pacientes não quer dizer necessariamente que eles vão evoluir para o óbito. O fungo pode colonizar o paciente e ainda há medidas para impedir que essa infecção se dissemine [nele]”. 

Os estudos sobre o maior surto do fungo Candida auris no Brasil serão publicados na revista Frontiers in Cellular and Infection Microbiology, um dos periódicos mais importantes do mundo na área.

Confira mais informações na reportagem de Assíria Florêncio disponível no play acima.

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