Em reunião com Raquel Lyra, empresários de Pernambuco relatam impactos do tarifaço de Trump
A exportação de manga, do Vale do São Francisco, será a principal afetada

Foto: Janaina Pepeu/Secom
Faltando oito dias para que passe a valer a tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras aos Estados Unidos, impostas pelo presidente norte-americano Donald Trump, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), ouviu, nesta quarta-feira (23), representantes de setores como frutificultura, sucroenergia e indústria para debater a situação econômica de cada segmento com o “tarifaço”.
Ao lado do secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti, Raquel Lyra afirmou que atuará para manter a atividade econômica no estado. Entre os impactos já sentidos, de acordo com a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), cerca de 2,5 mil contêineres estão parados no Sertão do São Francisco. E somente de manga, um dos principais produtos exportados por Pernambuco aos EUA, ao lado da uva, são 36,8 mil toneladas - com a expectativa de prejuízo de US$ 48 milhões.
“A prioridade do Estado de Pernambuco é a preservação dos empregos e da atividade econômica exportadora. Estamos em conversas constantes com setores impactados e com representantes do Governo Federal para poder garantir as exportações através de uma política de negociação internacional”, apontou.
Já o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti, garantiu que o estado está monitorando de perto a evolução da crise econômica, “para que a resposta diante dessas tarifas seja de construir uma convergência para ganharmos prazo e sentarmos à mesa para negociar", disse.
Na próxima semana, uma comitiva formada por oito senadores vai aos Estados Unidos para negociar uma reverção do tarifaço com parlamentares norte-americanos, em Washington. Se a taxa de 50% entrar em vigor sobre os produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, o impacto sobre o Produto Interno Bruto (PIB) pode chegar a R$ 175 bilhões, segundo estudo feito pela Gerência de Economia e Finanças Empresariais da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG). Além disso, mais de 1,3 milhão de postos de trabalho podem ser fechados.
Os Estados Unidos são o segundo maior mercado de exportações brasileiras, apenas atrás da China. No ano passado, só para os EUA foram exportados cerca de US$ 40,4 bilhões, entre produtos como combustíveis, ferro, aço, máquinas e equipamentos mecânicos, aeronaves, café, suco de laranja e frutas.
Presente na reunião com Raquel Lyra (PSD), o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Bruno Veloso, afirmou que os empresários levaram à governadora as consequências que o tarifaço trará para o estado. “É necessário trabalhar junto ao Governo Federal para que as portas possam se abrir. Outra sugestão foi que a governadora articulasse para buscar o adiamento dessa medida por 90 dias para que o comércio e a indústria tenham tempo de se preparar", explicou.
Entre os empresários que participaram da reunião, estiveram: Guilherme Coelho, pela Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas); Renato Cunha, pelo Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar-PE); Eduardo Monteiro, do Grupo EQM; Thiago Siqueira, da Usina Petribu; Armando Pontes, da Usina Laranjeiras; e Halim Nagem, do Movimento Atitude PE.
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