Inflação no Grande Recife registrou aceleração pelo segundo mês consecutivo

Em resultado apresentado pelo IBGE, inflação atinge 1,53% no mês de março.

Foto: Dondinho/Setur-Recife

09/04/2022

A inflação no Grande Recife registrou aceleração pelo segundo mês consecutivo. Com alta de 1,53% em março, o resultado divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE representa o maior percentual desde dezembro de 2020 e coloca a Região Metropolitana do Recife em nono lugar entre as 16 localidades pesquisadas no País. No Brasil, a inflação no mesmo período ficou em 1,62%.

Apenas neste ano, a inflação registrada na RMR já acumula alta de 2,94%. No entanto, o resultado segue abaixo da média nacional para o mesmo período, 3,2%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a alta é de 11,53%, pouco acima da média brasileira, de 11,3%. Entre os nove grupos de produtos e serviços considerados pelo IPCA, oito tiveram alta nos preços em março. A única exceção foi o setor de comunicação com queda de 0,35%.

O principal impacto na inflação do mês veio do setor de transportes, com avanço de 3,82%, pressionado pelo aumento no preço dos combustíveis, especialmente no óleo diesel (17,09%) e na gasolina (8,89%). Em seguida aparece o setor de alimentação e bebidas com aumento de 2,04%, impactado pela escalada no valor dos itens para consumo no domicílio, como frutas (12,43%) e tubérculos, raízes e legumes (9,83%).

A economista Amanda Aires chama a atenção para a inflação sobre as camadas menos favorecidas. Já para o economista Sandro Prado é preciso por em prática ações econômicas efetivas para reverter esse cenário.

Já os demais grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta inferior a 2%, como vestuário (1,53%), artigos de residência (1,46%), saúde e cuidados pessoais (0,83%), habitação (0,21%), educação (0,2%) e despesas pessoais (0,08%). Entre os produtos ou serviços com aumento mais expressivo no ipca do Grande Recife em março de 2022, os destaques ficaram por conta do melão (48,89%), a cenoura (27,69%), o mamão (17,61%), o transporte por aplicativo (17,32%) e o óleo diesel (17,09%).

Confira mais informações na reportagem de Túlio Vasconcelos, disponível no play acima.