Decisão judicial liberta policiais militares que invadiram uma residência e causaram a morte de dois homens em comunidade
A confirmação veio através da assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) nesta terça-feira (19)
Foto: Reprodução / G1
Os seis policiais militares que estavam detidos sob suspeita de invadir uma residência e causar a morte a tiros de dois homens durante uma ação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) na comunidade do Detran, em Iputinga, foram liberados na última segunda-feira (18). A confirmação veio através da assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) nesta terça-feira (19).
A invasão à residência, onde ocorreram as mortes, foi registrada por uma câmera de segurança. A Polícia Militar afirmou que as vítimas eram suspeitas de tráfico de drogas e teriam entrado em confronto armado com os agentes.
Em 21 de novembro, seis dos nove membros do Bope foram detidos preventivamente, enquanto os outros três foram libertados, ficando sujeitos a medidas cautelares por ordem do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e decisão judicial.
Em uma coletiva de imprensa realizada um dia após o evento, o diretor adjunto de Planejamento Operacional da Polícia Militar, coronel Fred Saraiva, declarou que os policiais militares desviaram de seu chamado para o bairro Casa Amarela, na Zona Norte da cidade, dirigindo-se à comunidade. O incidente resultou no afastamento e substituição do comandante do Bope, tenente-coronel Wambergson Correia Melo.
Segundo o TJPE, a libertação dos seis PMs foi decidida durante uma audiência na Vara de Justiça Militar, que examinou o pedido de revogação da prisão preventiva. O pedido foi acatado, concedendo aos PMs a liberdade provisória sob a condição de cumprir medidas cautelares.
Na decisão, o juiz considerou que, após a apresentação da denúncia contra eles e a oitiva de testemunhas, não havia risco de que os suspeitos interferissem nas investigações. "A partir de agora, o processo seguirá para as fases de inquirição das demais testemunhas, interrogatórios dos acusados e julgamento no processo", conforme comunicado na decisão.
Ainda de acordo com o TJPE, foram estabelecidas as seguintes medidas cautelares para os indivíduos envolvidos: Eles devem comparecer perante o juiz responsável mensalmente, para relatar e justificar suas atividades. Além disso, está determinado que se abstenham de se dirigir ao local onde ocorreu o incidente e suas proximidades. Como parte das medidas, foi ordenada a suspensão de suas atividades profissionais, devendo restringir suas atuações à área interna do batalhão onde estão lotados, sem uso de arma de fogo.
Ouça a nota da repórter Clara dos Anjos clicando no play acima.
Notícias Relacionadas
- Por REDAÇÃO
- 03/12/2024
PM que matou motociclista deve ser expulso da corporação, segundo secretário de Defesa Social
Alessandro Carvalho classificou a conduta do PM como “inadmissível”
- Por REDAÇÃO
- 03/12/2024
Justiça decreta prisão preventiva do PM que matou motociclista de aplicativo em Camaragibe
O crime aconteceu neste domingo (1º), e teria sido motivado pela recusa em...
- Por REDAÇÃO
- 02/12/2024
Polícia prende três suspeitos de matar sushiman no Centro do Recife, em novembro
Presos estavam com faca peixeira que seria a arma do crime
- Por REDAÇÃO
- 02/12/2024
Jovem mata padrasto a facadas após descobrir agressões contra a mãe
O caso ocorreu na noite do último domingo (1°), no município de Jurema, no...
- Por REDAÇÃO
- 02/12/2024
PM é suspeito de matar motociclista após negar pagamento de R$ 7 por corrida em Camaragibe
A morte teria sido motivada pela recusa do PM em pagar a corrida no valor de...
- Por REDAÇÃO
- 02/12/2024
Homem é preso após matar mãe adotiva a facadas em Parnamirim, no Sertão
Crime aconteceu após homem fugir de hospital