Mulher de 56 anos está internada em estado grave no Recife após contrair raiva humana
Paciente está no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Centro do Recife

Foto: Divulgação/Ascom UPE
Uma mulher de 56 anos está internada em estado grave no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), no Centro do Recife, após contrair raiva humana. Esse é o primeiro caso da doença registrado em 8 anos em Pernambuco. A vítima, que é natural de Santa Maria do Cambucá, município do Agreste do Estado, foi mordida por um macaco sagui no dia 28 de novembro. Ela deu entrada no dia 31 de dezembro na unidade de saúde – que é referência no atendimento de doenças infecto-contagiosas.
O resultado do exame, realizado pelo Instituto Pasteur, que confirmou a contaminação por raiva, foi divulgado nesta quarta-feira (08). A Secretaria Estadual de Saúde informou que o laudo do exame demonstra que o vírus encontrado é de origem silvestre. Segundo relatos da investigação, nos dias anteriores ao contato da paciente com o animal, ocorreram queimadas na região, o que resultou na fuga do animal da mata e contato com a mulher.
Ao dar entrada na unidade hospitalar, a paciente apresentava quadro de dormência que se irradiou para o tórax, além de dores e fraqueza. No dia 2 de janeiro ela teve uma piora significativa, indo para a ventilação mecânica e apresentando um quadro neurológico grave de agitação, além de insuficiência respiratória. A mulher continua sendo monitorada pela equipe médica acerca de possíveis complicações da doença e seguindo com o tratamento. Até o momento, ela não apresentou infecção bacteriana secundária e está seguindo sob sedação profunda.
A raiva é uma doença infecciosa viral aguda causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, com taxa de letalidade de 100%. De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2010 e 2024, foram registrados 48 casos de raiva humana no Brasil. Desses, nove foram causados por mordidas de cães, 24 por morcegos, seis por primatas não humanos, dois por raposas, quatro por felinos e um por bovino.
Se o ser humano tiver contato com o animal infectado (através de mordedura, arranhadura ou lambedura), após o período de incubação, que varia entre 2 e 10 dias, pode apresentar: mal-estar geral, pequeno aumento de temperatura, anorexia, dor de cabeça, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia. A medida mais eficaz de tratamento é a prevenção, por meio da vacinação pré ou pós-exposição.
Matéria produzida pela repórter Taynã Olimpia.
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