Mulheres não devem fazer exames de mamografia imediatamente após tomarem a vacina contra a Covid-19
Especialista explica a razão da recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM)

Foto: Divulgação
Foi registrado um aumento de descrições pelos radiologistas, nos laudos de mamografias e ultrassonografias, da presença de linfonodos, também chamados gânglios ou ínguas, nas axilas das pacientes, sugerindo doenças que deveriam ser investigadas. Isso, no entanto, pode estar associado a vacinação contra a Covid-19 e não significa que a mulher está apresentando alguma doença, muito menos que a vacina pode causar câncer.
A professora Andressa Oliveira, Enfermeira Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Mestranda em Educação no Ensino de Ciências e professora do curso de graduação e pós-graduação de Enfermagem da UniFavip, explica: “Os gânglios são pequenas estruturas em forma de feijão, que fazem parte do sistema linfático. Eles filtram as substâncias que viajam através do fluido linfático e contém linfócitos (células de defesa) que ajudam a combater infecções. Após a vacinação contra a Covid-19, assim como com outras vacinas, nosso sistema imunológico é estimulado a atuar e recrutar as células de defesa, uma vez que a vacina é a inoculação de uma partícula que provoca um processo inflamatório, e isso pode tornar esses linfonodos mais palpáveis e, em algumas pessoas, um pouco mais dolorosos. Sendo um sinal de que está ocorrendo uma resposta à imunização”, esclarece.
Dessa forma, para evitar preocupações excessivas ou mesmo falsas suspeitas, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) orienta as mulheres a realizarem suas mamografias de rotina antes da vacinação, ou fazê-la quatro semanas após a segunda dose. “Depois desse período, os linfonodos regridem, isto é, voltam ao normal, na grande maioria das vezes. Lembrando que as mulheres que tiverem que fazer o exame de rastreamento porque estão investigando algum nódulo ou caroço suspeito na mama, devem realizar a mamografia, mas informar que tomaram a vacina. Assim, a equipe ficará atenta”, ressalta a docente, que reitera sobre quando se deve buscar ajuda médica.
“Se esse sinal durar mais que quatro semanas é importante procurar por assistência médica para investigar. A vacina não causa câncer, no entanto, alguma mulher pode, coincidentemente, apresentar sinais clínicos do câncer de mama na mesma época em que recebeu o imunizante, sem que haja qualquer relação entre uma coisa e outra”, conclui a especialista.
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