Pernambuco tem o segundo pior índice de acessibilidade urbana do Brasil, aponta IBGE
Mais de 4,8 milhões de pessoas vivem em ruas sem rampas para cadeirantes; infraestrutura urbana também apresenta falhas em calçadas, arborização e ciclovias

Foto: Reprodução/TV Globo
Pernambuco ocupa a segunda pior colocação no ranking nacional de acessibilidade urbana entre os estados brasileiros, segundo dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo IBGE. No estado, 4,8 milhões de pessoas, o equivalente a 65,01% da população urbana, vivem em ruas que não possuem rampas para cadeirantes, um indicativo de exclusão para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. O número só é melhor que o do Amazonas, que lidera a lista negativa.
Além da ausência de rampas, o levantamento aponta que apenas 8,48% dos pernambucanos vivem em vias com calçadas livres de obstáculos como buracos, postes e construções irregulares. Isso significa que mais de 6,7 milhões de moradores enfrentam dificuldades para circular com segurança em suas próprias cidades. Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, se destaca negativamente entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, com apenas 48,2% das vias com calçadas.
Outro dado preocupante está relacionado à arborização urbana. Mais da metade da população do estado (50,63%) vive em ruas sem nenhuma árvore, percentual superior à média nacional, de 33,73%. A ausência de áreas verdes agrava o desconforto térmico, reduz a qualidade ambiental e evidencia a falta de planejamento urbano adequado diante das mudanças climáticas.
A estrutura voltada para o transporte ativo também é limitada: apenas 1,82% dos moradores vivem em ruas com algum tipo de ciclovia ou ciclofaixa. Em relação à circulação de veículos, mais de 1,5 milhão de pessoas residem em vias com acesso restrito, seja apenas para carros, motocicletas ou mesmo somente por transporte aquaviário, como ainda ocorre em áreas remotas.
Apesar de 76,32% das vias estarem pavimentadas, 1,7 milhão de pessoas seguem vivendo em ruas sem asfalto, o que compromete a mobilidade, a drenagem das chuvas e a segurança dos pedestres. O cenário coloca Pernambuco entre os estados com pior infraestrutura urbana do país, reforçando a necessidade urgente de investimentos em acessibilidade e planejamento urbano.
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