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Pernambuco vai estabelecer Plano de Contingência para Influenza Aviária


Por: REDAÇÃO Portal

No Nordeste, casos investigados nos estados do Ceará e de Sergipe foram descartados

20/05/2025
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No Nordeste, casos investigados nos estados do Ceará e de Sergipe foram descartados

Foto: Reprodução/PxHere

A Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) vai publicar um Plano de Contingência para Influenza Aviária, diante da confirmação de dois casos no Brasil - ambos no estado do Rio Grande do Sul. Até o momento, no Nordeste, apenas um caso no estado do Ceará foi investigado e descartado. 

De acordo com a Adagro, o plano de contingência estadual vai seguir as diretrizes do Plano Nacional. O objetivo principal é de que sejam estavelecidas ações preventivas e de resposta rápida para caso o vírus seja identificado em Pernambuco. Notificação imediata de suspeitas, coleta de amostras, investigação epidemiológica, medidas de controle sanitário e erradicação de focos devem fazer parte do protocolo.

A Adagro também pede que produtores e criadores de aves, além da população em geral, notifiquem qualquer suspeita de casos de gripe aviária à agência. 

Casos confirmados e em investigação

De acordo com o painel de monitoramento de síndromes respiratórias e nervosas em aves, do Ministério da Agricultura e Pecuária, o Brasil contabiliza dois casos confirmados de gripe aviária, sendo um em uma granja comercial no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, e outro em um zoológico de Sapucaia do Sul, também no estado gaúcho.

Outros seis casos são investigados, sendo dois em granjas comerciais do Tocantins e de Santa Catarina. Os demais focos descartados foram registrados em produções domésticas e de subsistência no Mato Grosso, no Ceará, em Sergipe e no Rio Grande do Sul.

Impactos da Influenza Aviária no Nordeste

Desde a confirmação do primeiro caso de gripe aviária no Brasil, 36 países, incluindo a União Europeia, suspenderam as exportações. De acordo com o vice-presidente da Associação Latino-americana de Avicultura, Ricardo Santin, apesar de o Centro-Sul do país ter predominância nesse mercado, o Nordeste também pode ser impactado.

"O Nordeste, integrando todo o sistema brasileiro de produção, vai sofrer as consequências das suspensões temporárias que já foram realizadas por alguns países, como por exemplo China e da União Europeia (UE). No Nordeste, nós não temos ainda plantas habilitadas para vender para China, mas os efeitos acabam sendo todos, porque eles irrompem o fluxo de comércio natural que estava acontecendo. E as empresas que estão sendo suspensas para esses mercados acabam buscando mercados alternativos, por isso, não é bom", apontou.

Ainda segundo Santin, a duração das barreiras sanitárias impostas depende da capacidade do Brasil em mostrar ao mundo que consegue controlar a Influenza Aviária. Enquanto isso, alguns efeitos serão sentidos.

“Os efeitos vêm para todos nós, mas vamos ter provavelmente, em alguns lugares pontuais, maior oferta de produto - o que pode ter inclusive uma pressão baixista de preço. Além do prejuízo com a própria logística, que você tem que guardar, armazenar por mais tempo, também por perder navios e depois esperar para embarcar. Isso dura até que os países importadores entendam que as informações fornecidas pelo governo brasileiro são suficientes para buscar reabrir o mercado”, afirmou.

Com informações de Agência Brasil,

Reportagem - Lucas Arruda

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