Por cobranças nas políticas de Reforma Agrária no estado, MST ocupa sede do Incra no Recife

Sob o lema “Para o Brasil alimentar, Reforma agrária já”, mais de mil famílias agricultoras ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam, nesta terça-feira (22), a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), localizada no bairro dos Aflitos, exigindo avanços nas políticas de Reforma Agrária. A ação integra a agenda nacional do movimento durante a Semana Camponesa, que homenageia o Dia do Trabalhador Rural, celebrado em 25 de julho.

Em Pernambuco, o MST reivindica a desapropriação de terras para assentar cerca de 16 mil famílias acampadas, além de políticas de crédito, infraestrutura, educação do campo, resolução de conflitos agrários e redistribuição de recursos do Plano Safra. Essas demandas devem ser discutidas em reuniões com Cleodon Ricardo, presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco (Iterpe); Givaldo Cavalcante, superintendente do Incra no estado; e Caetano de Carli, superintendente do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Desde 2023, o governo Lula assentou apenas 3.353 famílias, restando ainda cerca de 65 mil aguardando regularização. Para aumentar a pressão sobre o governo federal, o MST vem promovendo ocupações em várias capitais brasileiras, como Fortaleza (CE), Salvador (BA), Maceió (AL) e Belém (PA).

Em nível nacional, a jornada do movimento se organiza em torno de quatro eixos principais: a democratização da terra com a criação de novos assentamentos; garantia de moradia e acesso a crédito por meio de políticas públicas para fortalecer a produção de alimentos e o desenvolvimento dos assentamentos; ampliação das políticas de educação do campo; e o reconhecimento da Reforma Agrária como política essencial para a soberania nacional.