Prefeitura de Ipojuca é alvo de operações do Ministério Público
31 mandados de busca e apreensão e dois de prisão foram expedidos

Foto: Divulgação/MPPE
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) deflagrou duas operações simultâneas em Ipojuca, no Litoral Sul, por suspeita de fraude para produção de Atas de Registro de Preços da Associação dos Municípios da Bacia do Médio São Francisco (AMMESF), e de um esquema criminoso na área de licenciamento de empreendimentos imobiliários da Prefeitura de Ipojuca.
As operações também envolvem as polícias Civil e Militar de Pernambuco e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) dos ministérios públicos de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. Foram expedidos 31 mandados de busca e apreensão e dois de prisão pelo Juízo da Vara Criminal da Comarca de Ipojuca.
Dispositivos eletrônicos, documentos e dinheiro em espécie foram apreendidos. Também foi determinado o bloqueio preventivo de ativos do grupo criminoso investigado, e de valores depositados em contas bancárias, imóveis e automóveis.
Foto: Divulgação/MPPE
Operação Patranha
No âmbito da operação Patranha, as investigações apontam que o grupo criminoso é liderado por um empresário pernambucano. Os itens da ata de preços da associação mineira foram vendidos, em sua maioria, para municípios do estado, com destaque para Ipojuca.
De acordo com o Gaeco, a administração municipal comprou quantidade de material gráfico incompatível com a necessidade para uma cidade com pouco menos de 100 mil habitantes. Dentre os exemplos: 6 milhões de adesivos para visitantes em 2023, o que equivale a mais de 60 vezes a população de Ipojuca.
Também há evidências de sobrepreço e indícios de venda de notas fiscais sem a entrega do material contratado. A irregularidade nos valores supera R$ 20 milhões, entre 2021 e 2023. São investigados os crimes de fraude à licitação, corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica, uso de documento falso, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Operação Habite-se
Já a operação Habite-se teve as investigações iniciadas a partir de denúncia apresentada por um empresário do ramo da construção civil em Ipojuca, que apontou a existência de um esquema criminoso estruturado na Prefeitura.
O Gaeco apurou que um grupo de servidores exigia vantagens para a concessão de licenças. Dentre os crimes elencados estão corrupção ativa, corrupção passiva, concussão, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A reportagem da CBN Recife pediu posicionamento da Prefeitura de Ipojuca que, por nota, afirmou que está aguardando informações da ação por parte dos órgãos envolvidos e que irá se manifestar quando tiver acesso aos autos do processo.
Confira nota:
A Prefeitura do Ipojuca, por meio da Procuradoria Municipal, esclarece que está aguardando informações da ação por parte dos órgãos envolvidos e que irá se manifestar quando tiver acesso aos autos do processo.
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