Projeto de pernambucana que aponta solução para edifício abandonado no Recife é escolhido como um dos melhores do Brasil
Camila Sampaio, egressa do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPE, propõe a restauração da ruína urbana do Edifício Siqueira Campos, localizado no bairro de Santo Antônio

Foto: Reprodução/Google Street View e Acervo Pessoal
“No Recife, percebe-se um grande número de edificações verticais ociosas, que permanecem à margem do ciclo produtivo da cidade, como um subproduto de seu contínuo processo de reconfiguração espacial”. É assim que Camila Barbosa Lima Sampaio, de 24 anos, egressa do curso de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), descreve a motivação de seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), eleito como um dos 25 melhores projetos do Brasil na área.
Camila propõe a restauração do Edifício Siqueira Campos, localizado no bairro de Santo Antônio, área central do Recife. A estudante afirma que “enxerga no esqueleto urbano da rua de mesmo nome uma possibilidade de explorar as potencialidades da ruína, propondo um edifício de uso misto que se abre para o pátio interno da Praça do Sebo”.
A curadoria de seleção de trabalhos foi feita pela plataforma ArchDaily, site de arquitetura mais visitado do mundo, que anualmente lança o concurso. Além de Camila com seu trabalho “Para além da ruína: anteprojeto de requalificação do Edifício Siqueira Campos”, somente outro estudante do nordeste teve seu TCC selecionado: trata-se de Pedro Henrique Dias de Carvalho, egresso da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que propõe a CAMPAL - Cooperativa Adaptável Modular de Promoção ao Agricultor Local, projeto voltado para as áreas rurais e pequenos agricultores.
De volta ao Recife, a estudante justifica seu interesse em revitalizar o Edifício Siqueira Campos porque, segundo ela, ao mesmo tempo que novos prédios vão sendo construídos na capital, esses “esqueletos urbanos”, como adjetiva, acabam sobrando, sem uso, no desenho da cidade. Camila afirma que projetos desse tipo reincorporam essas estruturas ao meio urbano.
O momento agora, de acordo com a Arquiteta, é de promover debates sobre essas ruínas urbanas e de incentivar o mercado imobiliário e o poder público a olharem para elas como possibilidades.
Confira mais informações na reportagem de Assíria Florêncio disponível no play acima.
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