SES-PE cria comitê para monitorar casos de Candida auris em Pernambuco; estado já registra três casos em menos de duas semanas
A Secretaria de Saúde de Pernambuco informou que “o mecanismo de transmissão da Candida auris dentro dos serviços de saúde ainda não é totalmente conhecido”
Foto: Reprodução
A Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) anunciou a criação de um comitê para monitorar a situação epidemiológica do super fungo Candida auris no Estado. Em menos de 15 dias, foram identificados três casos em três cidades diferentes do Grande Recife.
O grupo técnico é formado por membros das secretarias executivas da pasta estadual de saúde, além do representantes do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco (CIEVS-PE), da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (APEVISA), do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-PE) e especialistas da área da infectologia.
O objetivo da mobilização é reforçar ações para impedir a proliferação do fungo no estado, e também evitar que mortes aconteçam.
Foi no último final de semana que o estado recebeu as duas primeiras confirmações laboratoriais de casos para Candida auris este ano em Pernambuco. Se tratavam de dois pacientes internados nos Hospitais Miguel Arraes, em Paulista, e no Tricentenário, localizado em Olinda. Ambos são do sexo masculino, com idades de 48 e 77 anos, respectivamente.
Uma das unidades de saúde, o Hospital Miguel Arraes, precisou ser fechado: novos pacientes não estão sendo admitidos, a não ser em casos de extrema necessidade. Contudo visitas aos internados continuam sendo permitidas.
O terceiro paciente, está sendo acompanhado em hospital privado do Recife. É também um homem, de 66 anos, que recebeu o diagnóstico no início desta semana, no dia 22.
De acordo com o diretor geral de Informações Epidemiológicas da Secretaria Estadual de Saúde, José Lancart de Lima, os pacientes não foram internados devido à Candida auris, mas contraíram a doença já no hospital.
A Secretaria de Saúde de Pernambuco informou ainda que “o mecanismo de transmissão da Candida auris dentro dos serviços de saúde ainda não é totalmente conhecido”, mas que evidências iniciais sugerem que ela se dissemina por contato dos internados com superfícies ou equipamentos contaminados de quartos de pacientes que estão ou colonizados ou infectados pelo fungo.
Confira mais informações na reportagem de Assíria Florêncio disponível no play acima.
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