O novo esquema completo incluirá quatro doses, aos 2, 4, 6 e 15 meses de idade.
Foto: G1
A substituição das icônicas gotinhas que desempenharam um papel fundamental na erradicação da poliomielite no Brasil está dando lugar à imunização intramuscular. Anunciada pelo Ministério da Saúde, a substituição da vacina oral poliomielite (VOP) pela versão inativada (VIP) do imunizante será gradativamente. A mudança é respaldada por recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunizações (CTAI), que considerou novas evidências científicas, apontando para uma maior segurança e eficácia da VIP.
A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença grave que pode causar paralisia permanente em pernas e braços, bem como ameaçar a vida devido à paralisia dos músculos torácicos responsáveis pela respiração. Graças às gotinhas, que eram fáceis de administrar e de baixo custo, o Brasil e outros países conseguiram erradicar a poliomielite.
A vacinação contra a poliomielite no Brasil atualmente consiste em três doses da versão inativada (VIP) administradas aos 2, 4 e 6 meses de idade, seguidas por duas doses de reforço da vacina oral da poliomielite (VOP) aos 15 meses e aos 4 anos de idade. A partir do primeiro semestre de 2024, o governo federal orientará uma mudança nesse esquema, eliminando as duas doses de reforço da vacina oral e substituindo-as por apenas uma dose de reforço da vacina inativada, aos 15 meses de idade. O novo esquema completo incluirá quatro doses, aos 2, 4, 6 e 15 meses de idade.
Apesar dessa evolução no combate à poliomielite, o Zé Gotinha, símbolo histórico da importância da vacinação no Brasil, continuará sua missão de sensibilizar crianças, pais e responsáveis, participando das ações de imunização e campanhas do governo. A Comissão de Certificação da Erradicação da Pólio no Brasil, uma entidade ligada ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) junto à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), celebra 50 anos em 2023, destacando o progresso na luta contra essa doença.
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