TCE denuncia funcionários fantasmas e desvios de R$ 1,4 milhão na Compesa; crimes são investigados

Uma auditoria especial divulgada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), apontou a existência de funcionários fantasmas na Companhia Pernambucana de Saneamento, a Compesa. Foram desviados R$ 1,4 milhão para pagamento de três pessoas que não tinham vínculo empregatício com a empresa, que tem finalidade pública, entre 2021 e 2022.

O TCE julgou o processo relatado pelo conselheiro Valdecir Pascoal. Durante a sessão, foi determinado que Darília Oliveira de Araújo, que atuava como supervisora de serviços da folha de pagamento da Compesa, deveria restituir a quantia desviada aos cofres da empresa. Ao todo, segundo o TCE-PE, foram realizados 80 créditos bancários para os envolvidos.

Conforme o relatório, a divisão dos recursos se dava da seguinte forma:

R$ 205.043,31 ficaram com a servidora;

R$ 501.139,15 foram repassados para Maria Helena de Fontes Neta;

R$ 280.928,71 foram enviados a Ivania Regina Pereira de Souza;

R$ 421.157,77 foram pagos a Haroldo Alves da Silva.

O processo será encaminhado para o Ministério Público do Estado de Pernambuco e à Segunda Delegacia de Combate à Corrupção do Estado para que sejam investigadas as questões criminais envolvidas no caso.

A companhia ainda informou que o processo foi concluído no primeiro semestre de 2022, que a funcionária foi demitida por justa causa e que foi ajuizada uma ação de reparação aos cofres públicos.