Torcedor baleado na cabeça deve receber pensão vitalícia da empresa de ônibus responsabilizada

O torcedor do Náutico Lucas Lyra, que foi atingido na cabeça por um disparo de arma de fogo em 2013, irá receber pensão vitalícia da empresa de ônibus Pedrosa Ltda e do Consórcio de Transportes da Região Metropolitana do Recife. O valor mensal de três salários mínimos foi determinado pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), por meio da 1ª Vara da Fazenda Pública da Capital. Além da pensão, as empresas devem pagar à vítima uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais, materiais e estéticos. Recentemente, o Clube Náutico Capibaribe divulgou uma campanha de arrecadação de dinheiro para Lucas, que precisa comprar uma nova cama hospitalar e ter mais qualidade de vida em casa.

Lucas foi baleado quando tinha 19 anos e estava na frente do estádio dos Aflitos, dia em que ocorreu uma partida entre os times Náutico e Central. Até hoje, o jovem vive com sequelas graves do acidente, com comprometimentos irreversíveis de sua saúde física e mental. O autor do disparo foi um segurança do ônibus da Pedrosa, que, cinco anos depois, foi condenado por tentativa de homicídio e recorre em liberdade.

A empresa Pedrosa foi responsabilizada pelos "atos praticados por seus prepostos", afirmou a sentença. Já o Consórcio, que é responsável por fiscalizar o serviço de transporte, deveria "zelar pela regularidade e segurança da execução do serviço”.