União tardou para lidar com o vazamento de óleo no Nordeste, diz especialista

Após dois meses do derramamento de óleo no litoral nordestino, ministros do governo federal chegaram à capital Pernambucana nesta terça-feira (22), para monitorar a situação das praias. Nesta segunda, o presidente interino Hamilton Mourão anunciou um efetivo de 5 mil militares para trabalhar na contenção do óleo e limpeza das praias. A Justiça Federal e Ministério Público Federal cobraram da União ações efetivas sobre o vazamento. O grupo caminhou pela praia de Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho, ao lado dos voluntários. É a primeira vez que o ministro realiza visitas nas praias atingidas desde a última sexta-feira (18), quando as manchas voltaram a aparecer no litoral Pernambucano. 

De acordo com o cientista Elton Gomes, ocorreu demora por parte da União para tratar o problema e detectar sua gravidade.”Ocorreu uma morosidade para lidar com o problema e dar conta de quão grave é o derramamento de óleo que atingiu os 9 estados da região Nordeste”. Ainda de acordo com o especialista existem dois elementos relevantes que baseiam a demora do governo em dar a devida atenção ao acidente ambiental.”Existem dois elementos importantes a serem considerados, o primeiro seria a dimensão retórica do governo federal que associa o acidente à sabotagem ou derramamento ocorrido por navios fantasmas que comercializam com a Venezuela e o outro seria a extrema dificuldade que o governo tem em coordenar ações e de conseguir uma solução normal, do ponto de vista administrativo e não uma militarização da crise” afirmou o cientista. 

Confira no play acima a entrevista completa de Elton Gomes para o CBN Total desta terça-feira (22)