O número baixo pode ser associado ao descrédito da população em relação aos imunizantes
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
De acordo com a Unicef, entre os anos de 2019 e 2021, quase 2,5 milhões de crianças não foram vacinadas no Brasil contra difteria, tétano e coqueluche (vacina DTP) -- cerca de 1,6 milhão não receberam nem a primeira dose. Somado a isso, mais de 1,5 milhão de crianças também não receberam a primeira dose da vacina contra poliomielite. Os dois imunizantes são oferecidos de forma gratuita pelo SUS.
De acordo com especialistas, as pessoas estão evitando vacinar as crianças por causa da redução da confiança nos imunizantes, ocasionada pela propagação de fake news. Antes da pandemia, quase 100% dos brasileiros confiavam nas vacinas infantis. Agora esse número caiu para 88%.
Em anos anteriores, o Brasil chegou a ter uma cobertura vacinal das crianças de 95%. Hoje esse valor não chega a 60%, um dos índices mais baixos desde a criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), em 1975.
Não imunizar as crianças cria o risco de doenças erradicadas voltarem, como a paralisia infantil. Uma medida urgente para reverter os números baixos de vacinação é a busca ativa das crianças que estão com a imunização atrasada. É necessário ação conjunta entre os setores da Saúde, da Educação e da Assistência Social. Além da participação da sociedade civil.
Ouça nota da repórter Taynã Olimpia no play acima.
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