Viúva de Paulo Sperança confessa ter planejado a morte do professor de odontologia

Durante depoimento no segundo dia de júri popular, ocorrido nesta quarta-feira (06), das possíveis mentoras intelectuais do assassinato do professor de Odontologia Paulo Augusto Sperança, morto em 2010, a golpes de faca, na garagem da própria casa, a psicóloga Ana Terezinha Zanforlin Sperança, a viúva do professor, confessou a sua participação no crime.

Paulo foi assassinado em 8 de agosto de 2010; os autores do crime foram sentenciados, em 2012, a 18 anos de prisão cada um; e, agora, quase 12 anos após o crime, deu-se início ao júri popular de Ana, a viúva, e também da advogada Adriana Lima Castro de Santana — ambas apontadas como mandantes do crime.

A psicóloga Ana Terezinha passou 6 anos presa, de 2010 a 2016, e aponta, durante o seu tempo de reclusão, a perda de momentos como a formatura da filha e a morte dos pais. Ela confessa a participação no crime declarando que “agora” só pode tentar “ser uma pessoa melhor”. 

A polícia aponta a motivação do crime sendo o valor do seguro de vida de Paulo Sperança, avaliado em R$ 120 mil e também a sua aposentadoria, uma remuneração de R$ 15 mil mensais; a viúva nega a possibilidade. Ana Terezinha afirma que o que recebia de seu consultório de psicologia e como professora a supriam, e nega também que tenha partido dela a ideia do assassinato.

Segundo a psicóloga, o marido nunca chegou a agredi-la, no entanto socava coisas, gritava e enviava mensagens em tom de ciúmes.

O julgamento é retomado nesta quinta-feira (07) e a expectativa é de que seja o último dia de júri popular. Paulo Augusto Sperança, professor universitário em três instituições de ensino em Pernambuco, faleceu aos 53 anos 

Confira mais informações na reportagem de Assíria Florêncio, disponível no play acima.