Lula defende cautela em contraposição aos EUA e afirma que Brasil não é 'republiqueta'

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou no último domingo (3) que o Brasil não quer desafiar os Estados Unidos, mas espera ser respeitado. O presidente também defendeu o fim da dependência em relação ao dólar. As declarações foram dadas durante um congresso do PT.
“Os EUA são muito grandes, é o país mais bélico do mundo, é o país mais tecnológico do mundo, é o país com a maior economia do mundo. Tudo isso é muito importante. Mas nós queremos ser respeitados pelo nosso tamanho. Nós temos interesses econômicos e estratégicos. Nós queremos crescer. E nós não somos uma republiqueta. Tentar colocar um assunto político para nos taxar economicamente é inaceitável. É inaceitável”, disse o presidente.
Ele também defendeu que o país não deve abandonar o plano de viabilizar um sistema de comércio independente do dólar.
“Eu não vou abrir mão de achar que a gente precisa procurar construir uma moeda alternativa para que a gente possa negociar com os outros países. Eu não preciso ficar subordinado ao dólar”, disse.
Lula também defendeu que o Brasil, hoje, é menos dependente dos Estados Unidos e citou a extensão relação comercial do Brasil com outros países.
“O Brasil hoje não é tão dependente como já foi dos Estados Unidos. O Brasil tem uma relação comercial muito ampla no mundo inteiro. A gente está muito mais tranquilo do ponto de vista econômico. Mas, obviamente, que eu não vou deixar de compreender a importância da relação diplomática com os Estados Unidos, que já dura 201 anos”, afirmou.
Por fim, Lula também destacou que o Brasil se mantém aberto ao diálogo para negociar as tarifas impostas pelo governo norte-americano. “Vamos dizer o seguinte, ‘olha, quando quiser negociar, as propostas estão na mesa'. Aliás, já foram apresentadas propostas pelo [vice-presidente] Alckmin e pelo [ministro das relações exteriores] Mauro Vieira. Então, é simplesmente isso”, finalizou.
Com informações da Agência Brasil.