Prefeito de Petrolina se encontra com Geraldo Alckmin para discutir tarifaço

Em agenda em Brasília nesta quarta-feira (6), o prefeito de Petrolina, Simão Durando, participou de uma reunião promovida pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. O encontro teve como principal objetivo discutir os impactos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre as exportações brasileiras, que afeta diretamente a cadeia da fruticultura irrigada no Vale do São Francisco.

Durante a reunião, Simão entregou um ofício ao vice-presidente, solicitando apoio do Governo Federal para minimizar os prejuízos causados à economia da região. A pauta apresentada pelo gestor incluiu uma série de medidas emergenciais, como a retirada da tarifa de exportação sobre alimentos, participação de representantes do Vale do São Francisco nas negociações com os Estados Unidos e a criação de cotas emergenciais para garantir o escoamento da safra atual.

Além disso, o prefeito solicitou a renegociação de prazos de empréstimos junto aos bancos públicos, a exemplo do Banco do Nordeste, e a criação de um fundo de amparo ao setor, com o objetivo de proteger produtores e trabalhadores diretamente impactados pela crise.

“O que está em jogo não é apenas a economia de Petrolina, mas de toda a região do São Francisco. Mais de 60% dos empregos da nossa terra estão ligados à fruticultura irrigada. Essa tarifa inviabiliza completamente nossas exportações e ameaça milhares de famílias que vivem da fruticultura. Viemos aqui pedir ao Governo Federal que nos ajude a defender o que construímos com tanto esforço nos últimos anos”, afirmou.

Simão destacou que apenas neste mês, mais de 50 mil toneladas de frutas da região estão prontas para exportação, com valor estimado em R$ 480 milhões. “Se não tivermos uma resposta rápida, mais de 70% desse volume pode ser perdido. E o mercado interno não absorve toda essa produção. O prejuízo é certo, a menos que se estabeleçam soluções práticas e urgentes”, disse.

Durante o encontro, Alckmin reconheceu a gravidade da situação e se comprometeu a articular juntos aos ministérios caminhos para atenuar os impactos da medida norte-americana. Ficou definido que será apresentado um plano de contingência emergencial, principalmente, para que o mercado interno aumente o consumo das frutas e materiais perecíveis, além de suporte financeiro para produtores e trabalhadores.