Brasil é o país que mais mata pessoas trans no mundo; no ranking por estados brasileiros, Pernambuco é o primeiro lugar
No recorte por região, desde 2017, o Nordeste lidera a lista; em 2022, foi palco de 40,5% assassinatos de pessoas trans e travestis

Foto: Reprodução/g1
A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) lançou, nesta quinta-feira (27), o dossiê anual “Assassinatos e Violências contra travestis e transexuais brasileiras”, referente ao ano de 2022. O evento aconteceu no auditório do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania e contou com a presença do Ministro Silvio Almeida, da secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, além de representantes da própria ANTRA.
No último ano, 131 pessoas trans e travestis foram assassinadas no Brasil e outras 20 tiraram a própria vida devido à discriminação e ao preconceito. Do número total das vítimas, 130 foram mulheres trans e travestis e uma, homem trans. A pessoa mais jovem assassinada tinha apenas 15 anos e a mais jovem que suicidou-se, 20.
Para Bruna Benevides, a Secretária de Articulação Política da ANTRA, essa violência é enquadrada como crime de ódio, dado os requintes de crueldade desses assassinatos.
Pernambuco foi o estado brasileiro onde mais esses crimes aconteceram, sendo 13 no total, seguido por São Paulo e Ceará, ambos com 11 casos. Quando o recorte é feito por região, desde 2017, o Nordeste lidera a lista. Em 2022, 40,5% dos assassinatos de pessoas trans e travestis aconteceram na dita região.
No dossiê publicado, a ANTRA lista os elementos mais comuns nos casos levantados por pela pesquisa quanto ao perfil das vítimas. De acordo com a associação, a maior parte das vítimas é jovem, tendo entre 13 e 29 anos; a maioria é negra, empobrecida e reivindica ou expressa publicamente o gênero feminino; entre as vítimas, a prostituição é a fonte de renda mais frequente; estéticas e aparências não-normativas são fatores de alto risco; e “nos poucos casos em que a acusação é conduzida, os crimes, geralmente, ficam impunes ou os assassinos são soltos mesmo tendo confessado o crime”.
Segundo o Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, só seremos um país de verdade quando aceitarmos essas identidades.
Confira mais informações na reportagem de Assíria Florêncio disponível no play acima.
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