Cesta básica fica mais cara no Recife em 2025; preço já representa 45% do salário mínimo
De acordo com a Dieese, na capital, o preço da cesta básica subiu 9,39%

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
No Recife, os alimentos básicos ficaram mais caros em 2025. De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), na capital, o preço da cesta básica subiu 9,39%, chegando a custar R$ 637,62 em junho deste ano.
Com esse valor, a alimentação básica passa a corresponder a 45,41% do salário mínimo. O economista Filipe Braga explicou como esse aumento reflete na situação social e econômica dos recifenses.
"O aumento da cesta básica preocupa, porque reflete diretamente a perda do poder de compra das famílias. Com os alimentos mais caros, boa parte da renda acaba sendo direcionada só para garantir o básico na mesa. Isso pode significar menos dinheiro disponível para necessidades importantes, como remédios, transporte e educação. Quando essas pessoas consomem menos, principalmente fora do essencial, o comércio também vai sentir. Os pequenos negócios, aqueles que funcionam no bairro, vão ter mais problemas e vão ser mais afetados por essa cara na demanda", afirmou.
Ainda segundo o economista, a expectativa é de que o valor desses alimentos continue alto, mas que poderá ter uma redução no fim de 2025. "A tendência é que os preços dos alimentos continuem nesse patamar mais elevado mesmo, mas sem grandes aumentos nos próximos meses. A expectativa é de uma redução gradual nos valores no final deste ano, à medida que a produção agrícola aumenta. A combinação de fatores como a queda da taxa de juros, o crescimento da oferta de alimentos e um clima mais favorável pode trazer um certo alívio, contribuindo para a redução do custo dos alimentos básicos, fazendo com que a cesta básica tenha uma redução do valor no final do ano"
Entre os alimentos que ficaram mais caros nos últimos 12 meses, estão o café, com um aumento de 84,29%, a banana, com 32,24%, o óleo de soja, com 28,20%, e a carne, com 21,39%. Já os que apresentaram baixa, foram: o arroz, reduzindo 24,96%, o feijão carioca, com menos 16,98%, e a farinha de mandioca, com menos 13,92%.
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