Injúria racial e acusação de roubo: goleiro da equipe sub-17 do Náutico denuncia crime sofrido em posto de gasolina após sair do CT
O Clube Náutico colocou à disposição do atleta e família todo o departamento jurídico do clube, afirmando que “não serão medidos esforços para que o caso seja solucionado e as penas estabelecidas em lei aplicadas”

Foto: Reprodução/Tiago Caldas/CNC
Um goleiro da equipe sub-17 do Clube Náutico Capibaribe acionou, na tarde desta quinta-feira (28), a Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) denunciando dois homens: eles cometeram injúria racial contra o garoto e ainda o acusaram de roubo.
O menino, de apenas 16 anos, esperava o pai num posto de gasolina após sair do Centro de Treinamentos (CT) do clube, localizado na Guabiraba, Zona Norte do Recife. O goleiro comprou um refrigerante para passar o tempo quando um homem numa carreta, segundo o atleta, jogou o veículo em cima dele e perguntou o que ele fazia ali e para onde iria.
Após responder calmamente que esperava o pai para voltar para casa, o homem continuou fazendo perguntas e então afirmou que o menino estaria “mexendo num carro”, acusando-o de roubo. Depois, mais dois homens, entre eles um que se apresentou como dono da empresa de reciclagem de óleo, que fica próxima ao CT do Náutico e do posto, afirmaram que o jovem estaria tentando “roubar um carro”, e que imagens de uma câmera de segurança provariam a acusação.
Ainda de acordo com o garoto, outro homem também fez ameaças dizendo que o tiraria à força dali, que o menino não sabia quem ele era e que o tal homem “conhecia um comissário”.
O rapaz, então, ligou para a Polícia Militar, e solicitou a presença de uma equipe no local. Acompanhado pelos PMs, o jovem se dirigiu à até a empresa e pediu para os homens apresentassem as imagens que provariam que o garoto estava "mexendo no carro”.
O Clube Náutico Capibaribe emitiu uma nota de repúdio, ainda na tarde de ontem; nela o clube diz que “além da caluniosa imputação, [o goleiro], um homem negro, afirma que foi obrigado a se retirar do local, sendo chamado de "nego", fato que caracteriza outro crime, o da injúria racial.
É inadmissível que cenas como essa ainda se repitam nos dias atuais. O preconceito, seja ele por raça, orientação sexual ou qualquer outra "diferença", precisa ser combatido e seus autores punidos com veemência”.
O Clube Náutico colocou à disposição do atleta e família todo o departamento jurídico do clube, afirmando que “não serão medidos esforços para que o caso seja solucionado e as penas estabelecidas em lei aplicadas”.
Ouça nota de Assíria Florêncio sobre o assunto clicando no play acima.
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