Noite dos Tambores Silenciosos de Olinda acontece nesta segunda (17)
Neste ano, o babalorixá Ivanildo de Oxóssi conduzirá a celebração

Dez nações de Maracatus de Baque Virado reverenciam seus ancestrais, na 19ª Noite para os Tambores Silenciosos de Olinda, nesta segunda-feira (17), às 20h. A concentração será, na Praça da Matriz de São Pedro, em seguida os grupos sairão em cortejos, passando pelos Quatro Cantos, Amparo até a Igreja de Nossa Senhora do Rosários dos Homens Pretos, local da celebração.
A cerimônia nasceu a partir das obrigações religiosas dos maracatus de Olinda com o objetivo de saudar e pedir proteção aos orixás antes da folia de Momo. A realização é da Associação de Maracatus de Olinda (AMO), com apoio da Prefeitura de Olinda e Governo de Pernambuco.
A comunidade da Xambá completa 90 anos e será a homenageada da celebração. Pela primeira vez, por decisão da AMO, o babalorixá Ivanildo de Oxóssi, que também é o Mestre do Maracatu Estrela de Olinda, será o responsável por conduzir a louvação aos antepassados (eguns). A cerimônia é o ápice do encontro e ocorre à meia-noite. Momento em que todos os maracatus rufam suas alfaias em homenagem aos que ajudaram a carregar essa tradição.
Desfilarão pelas ladeiras os maracatus: Leão Coroado; Nação Camaleão; Nação Badia; Nação Pernambuco; Nação de Luanda; Nação Maracambuco; Nação Estrela de Olinda, Nação Tigre; Nação do Reis Malunguinho e Sol Brilhante.
Um pouco de história
A presença das populações remanescentes do continente africano ocorreu ainda no século XVI, quando foram trazidos escravos da Guiné, por pedido de Duarte Coelho, para o trabalho nos engenhos. Esse contingente, só cresceu com o passar dos anos e no início do século XVII construiu para seu uso a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.
Neste local se estabeleceu como ponto reunião para efeito dos cultos da igreja católica, convívio da comunidade negra, troca de saberes e para a realização de suas festas profanas. Com a invasão holandesa, veio a debandada e muitos dos escravos foram para o Quilombo dos Palmares, ficando tanto a Igreja como a própria Olinda abandonadas. Em 1715, negros já haviam restaurado o seu espaço, sendo fundada a Confraria de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.
Das imposições do poder vigente e da resistência cultural dos negros, vieram o sincretismo, que ajustou de maneira crioula os calendários e os ritos de origem africana. O Carnaval, festa do calendário cristão que precede a Quaresma e que é uma licença, uma pausa, é também um momento de expressão das culturas afro-descendentes.
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