Pesquisa aponta que empreendedores menos escolarizados têm maior dificuldade de digitalizar os negócios

Empreendedores com menos escolaridade estão tendo mais dificuldade de digitalizar seus negócios. É o que aponta uma pesquisa realizada pelo Sebrae sobre os efeitos da pandemia do novo coronavírus nos microempreendedores. De acordo com a sondagem, alguns donos de micro e pequenas empresas apresentam resistência ou desinformação sobre vendas pela internet. Entre os que não admitem o modelo online de negócio estão os menos escolarizados.

Pelo levantamento, empresários de pequeno porte com menor nível de estudo, são os que mais fecharam as portas de seus estabelecimentos em definitivo ou temporariamente por causa da Covid-19. De acordo com a pesquisa, 20,4% não sabem como a internet pode ser aplicada em seu negócio e 7,9% não vendia e nem pretende vender seus produtos por esse meio.

No entanto, a pesquisa mostra que as redes sociais são amplamente utilizadas por empreendedores de todos os níveis de instrução para fazer negócios. Mas o meio digital ainda é problema para 1/3 dos donos de pequenos negócios com menor instrução, pois essa parcela tem sérias dificuldades de estrutura e tecnologia.

Segundo a análise do SEBRAE, 6,6% dos empreendedores com nível médio incompleto decidiram acabar de vez com seu negócio. Eles também são os que mais tiveram que fechar provisoriamente o empreendimento a que se dedicavam: 31,6%. A amostragem apontou ainda que 59% dos empresários de nível superior apostaram em mudanças ou estão funcionando normalmente.

Com relação ao faturamento durante a pandemia, todos os níveis escolares disseram ter tido impacto nos lucros. Os menos instruídos também são os que mais acumularam dívidas. O Sebrae ouviu 6.470 empreendedores de todo o país, entre os dias dias 25 e 30 de junho. Essa foi a quinta pesquisa do tipo desde o início da pandemia no país. 

Confira as informações na reportagem de Samuel Santos, disponível no play acima.