Prefeito de Itamaracá, Paulo Galvão, comemora desativação da Penitenciária Barreto Campelo

Após a desativação total da Penitenciária Professor Barreto Campelo, nesta terça-feira (1º), na Ilha de Itamaracá, o prefeito Paulo Galvão (PSDB) agradeceu à governadora Raquel Lyra pela decisão. O fechamento do presídio era uma reivindicação antiga da população, e de acordo com o prefeito, representa “um novo capítulo” para o desenvolvimento de Itamaracá.

“É com grande alegria e profundo sentimento de gratidão que venho a público agradecer à governadora de Pernambuco pelo seu empenho, compromisso e sensibilidade ao atender uma reivindicação antiga da população da Ilha de Itamaracá: o fechamento do Presídio Barreto Campello. Essa é uma luta de décadas, travada por diversas gestões e pela sociedade civil, que sempre acreditou que o encerramento das atividades do presídio traria mais segurança, desenvolvimento e novas perspectivas para nossa amada Ilha de Itamaracá”, disse em nota.

Há expectativa por parte do prefeito de que o espaço seja reformulado para receber um centro universitário com foco nas atividades econômicas desenvolvidas na ilha, como pesca e agricultura.

Itamaracá ainda conta com a Penitenciária Agro-industrial São João (PAISJ) para apenados do regime semiaberto. A operação de transferência dos detentos que estavam na Penitenciária Barreto Campelo aconteceu nesta terça-feira (1º), em meio à reestruturação do sistema prisional do estado.

Demolição 

Nas redes sociais, a governadora Raquel Lyra (PSD) afirmou que o prédio da Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá, será demolido. No entanto, ainda não há data oficial para que a demolição aconteça.

"Vamos demolir aquela penitenciária. Recebemos o Estado de Pernambuco com a condenação da Corte Interamericana de Direitos Humanos, tendo um dos piores sistemas penitenciários do Brasil. E com apoio do Governo Federal e decisão do nosso governo, temos conseguido fazer esse processo de reconstrução", declarou.

Penitenciária Professor Barreto Campelo

A unidade prisional tinha 640 vagas e 472 presos em regime fechado. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP), os detentos foram transferidos para outras três unidades: duas do Complexo de Itaquitinga, na Mata Norte, e o Presídio Penal Leonardo Lago, no Complexo do Curado, no Recife. "Todos sem superlotação, mesmo depois da chegada dos presos", informou a pasta.

A desativação da penitenciária também foi motivada pela condição precária em que a unidade estava, agravada pela falta de manutenção ao longo dos anos.