Municípios pernambucanos participam de curso sobre políticas habitacionais

A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Pernambuco (Seduh) dá início, nesta segunda-feira (27), ao curso "Políticas Habitacionais: Resultados e Desafios", para gestores públicos, lideranças do setor habitacional e movimentos sociais. O curso é feito em parceria com o Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi).

A secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Simone Nunes, explica que o objetivo é melhorar a capacidade técnica dos gestores municipais diante dos problemas enfrentados no Estado.

“O déficit habitacional de Pernambuco é superior a 320 mil moradias, e o déficit é composto de diversas questões: necessidade das novas moradias, da regularização fundiária, de melhorias nas periferias. Então esse curso vai instrumentalizar os municípios para que possam atuar em conjunto o Estado e a União em busca da melhoria habitacional, que é uma política tão importante para a cidadania”, pontua.

Representantes de onze municípios que concentram 80% do déficit habitacional no Estado foram convidados, a exemplo de Recife, Jaboatão dos Guararapes, Caruaru, Salgueiro, Goiana e Palmares. A aplicação dos recursos federais destinados ao Minha Casa Minha Vida (MCMV) para esses municípios será um dos focos do curso.

Até o domingo (2), acontecerão aulas teóricas, debates e visitas técnicas a modelos de referência tanto em Pernambuco quanto em São Paulo. Um exemplo é o Residencial Jurema, em Bezerros, de iniciativa do programa Morar Bem.

O coordenador do Curso de Políticas Habitacionais do Insper, José Police Neto, diz que o esforço é mostrar o que a sociedade brasileira já produz sobre unidade habitacional, dignidade das moradias e acesso à terra. Pela primeira vez, a iniciativa do Insper acontece fora do Estado de São Paulo.

“Viver em cidade é muito mais do que a construção de um teto. É a entrega de dignidade para aquelas pessoas que decidiram morar em Recife, em Olinda, em Caruaru. Então, importa muito para a gente ter uma equipe multidisciplinar, que vai desde os arquitetos urbanistas, engenheiros, advogados, até aqueles que aprenderam a fazer casa como luta de vida. O enredo do curso mostra como a sociedade vem encontrando as suas soluções. Seja dentro da academia, estudando muito para oferecer mais, seja na sociedade, lutando muito para produzir equidade em ambientes em que faltam casas para tanta gente. E ainda tem muita casa vazia”, ressalta.

Reportagem - Lucas Arruda