UFPE anuncia corte de gastos e afirma que precisa de R$ 24 milhões para encerrar o ano
Instituição adotou medidas de austeridade por prever dificuldades para manter funcionamento até outubro sem suplementação orçamentária

Foto: Reprodução/TV Globo
A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) vai precisar de um aporte emergencial de R$ 23,9 milhões para conseguir encerrar o ano de 2025. O alerta foi feito pelo reitor Alfredo Gomes durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (8), quando anunciou novas medidas de austeridade para tentar manter as atividades da instituição até, no máximo, outubro.
De acordo com o reitor, mesmo com o corte de editais e bolsas, os recursos disponíveis são insuficientes para garantir o funcionamento da universidade até dezembro. "Precisamos de um aporte de recomposição ou suplementação orçamentária para finalizar o ano nessas condições já difíceis", declarou Alfredo Gomes, enfatizando que a situação compromete diretamente as atividades acadêmicas, administrativas e os serviços prestados à comunidade. Também foram suspensos todos os editais que dependem de recursos do Tesouro Nacional. Segundo Alfredo Gomes, o ajuste fiscal vai impactar um terço dos contratos celebrados pela universidade com empresas terceirizadas.
A declaração foi dada um mês depois de o Governo Federal realizar recomposição de R$ 400 milhões para universidades federais em todo o país. Do montante, a UFPE recebeu R$ 7,9 milhões, valor que, segundo o reitor, não é suficiente para surprir a demanda. Apesar do corte de gastos, a reforma do Teatro da UFPE não será impactada, uma vez que os recursos vêm de emendas parlamentares. Segundo a reitoria, a quarta etapa do campus de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata Sul, e a construção do campus em Sertânia, no Sertão do estado, que são financiadas pelo Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), também não sofrerão com as medidas.
Procurado pelo reportagem, o Ministério da Educação (MEC) afirmou que mantém diálogo constante com a reitoria das universidades federais sobre as demandas das comunidades acadêmicas. Nesse contexto, a Pasta vem fazendo, desde 2023, um esforço consistente para recuperar o orçamento das universidades federais. E ainda destacou que recompôs integralmente o valor suprimido, e também que as universidades federais possuem autonomia administrativa e financeira, conforme assegurado pela Constituição Federal de 1988, o que lhes permite estabelecer, de forma autônoma, as prioridades institucionais em seus respectivos orçamentos.
Confira a nota do MEC na íntegra abaixo:
O Ministério da Educação (MEC) mantém diálogo constante com a reitoria das universidades federais sobre as demandas das comunidades acadêmicas. Nesse contexto, a Pasta vem fazendo, desde 2023, um esforço consistente para recuperar o orçamento das universidades federais. Esse esforço foi materializado nas suplementações ocorridas nos anos de 2023 a 2025. Essa recuperação é necessária em função das grandes perdas que as universidades federais sofreram, principalmente nos anos de 2020 a 2022.
Cabe destacar que o Ministério da Educação (MEC) recompôs integralmente o valor suprimido, nos termos da Portaria GM/MPO n. 177, de 2025. Ainda, que as universidades federais possuem autonomia administrativa e financeira, conforme assegurado pela Constituição Federal de 1988, o que lhes permite estabelecer, de forma autônoma, as prioridades institucionais em seus respectivos orçamentos.
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