Utilização do cheque especial não é recomendada por economistas

Os juros limitados do cheque especial começaram a valer nesta segunda-feira (06). A partir de agora, os bancos não poderão cobrar taxas superiores a 8% ao mês, o equivalente a 151,8% ao ano. A decisão de limitar os juros da modalidade de crédito foi do Conselho Monetário Nacional, já que as taxas do cheque especial encerraram o mês de novembro em 12,4% ao mês, equivalente a 306,6% ao ano. Em entrevista concedida ao programa CBN Recife, o consultor econômico financeiro, Tiago Monteiro, explicou que há uma tentativa de redução de custos múltiplos, porque existe uma disponibilidade do cheque especial para toda população,  que significa cerca de 350 bilhões. “Somente 12% desse montante era utilizado pela baixa renda, algo em torno de 26 bilhões, então, a gente tem basicamente 325 bilhões disponíveis no mercado sem ser utilizado e sem remuneração dos bancos. Isso encarece bastante esse custo de capital, por isso, como não era cobrado pelos clientes, a remuneração desse capital girava em torno de 300% a depender da bandeira”, destaca Tiago. 

Ainda de acordo com o consultor econômico, o objetivo é de tentar reduzir o custo desse dinheiro para a população mais baixa, visto que é a maioria esmagadora que utiliza o  recurso. “É uma taxa de juros que caiu pela metade, 300% para 151%, mas o custo desse capital ainda é muito grande. É altamente desaconselhável a população a utilizá-lo, somente em caso de extrema necessidade e com uma previsão de recomposição desse capital num curtíssimo prazo, porque ainda é muito caro e uma bola de neve muito agressiva para um orçamento familiar”, alerta o especialista. 

Confira outras informações na entrevista completa com Tiago Monteiro, disponível no play acima.