Vereador de Petrolina sugere uso de armas contra ocupação do MST: “Tem que tirar na bala”
Declaração polêmica de Dhiego Serra (PL) sobre ação do MST em fazenda da zona rural do município gera forte repercussão nas redes sociais e entre movimentos sociais

Foto: Reprodução/ Redes Sociais
O vereador de Petrolina, Dhiego Serra (PL), causou polêmica ao afirmar, na manhã desta terça-feira (8), que a polícia deveria retirar os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) "na bala". A declaração foi feita em entrevista, em resposta à ocupação da Fazenda CopaFruit, iniciada no último domingo (6), por cerca de mil famílias como parte da jornada nacional “Abril de Lutas”, realizada anualmente em memória ao Massacre de Eldorado dos Carajás que aconteceu em 1996, em que 21 agricultores foram mortos pela Polícia Militar.
Serra, que esteve na entrada da fazenda no domingo, afirmou ter sido recebido de forma hostil pelos ocupantes, os quais, segundo ele, portavam foices e facões. O vereador defendeu que a propriedade não é improdutiva, já que estava com máquinas em operação, e declarou: “Quem invade propriedade privada é criminoso”, reforçando o apoio a uma ação policial imediata para desocupação da área.
Cerca de 400 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam, no último domingo (6), uma fazenda localizada às margens da PE-647, no N-4, Zona Rural de Petrolina. Segundo os líderes do movimento, a área de aproximadamente 500 hectares estaria abandonada há 20 anos, sem água, energia elétrica ou produção, e atualmente em fase de desapropriação. O objetivo da ocupação, de acordo com o MST, é pressionar o governo a agilizar os trâmites legais e evitar que o terreno seja leiloado, já que pertence a uma empresa falida e responde a processos trabalhistas.
Foto: Lucilene Santos/ TV Grande Rio
Em nota, a Metafruit LTDA, atual proprietária do terreno, afirmou que a área foi legalmente adquirida em leilão há cerca de um ano e que os ocupantes utilizaram violência para invadir o local, inclusive expulsando os vigilantes. A empresa alega estar investindo na implantação de um projeto de fruticultura irrigada que prevê a geração de empregos e desenvolvimento regional. A Metafruit repudiou a ação do MST, registrou boletim de ocorrência e entrou com pedido de reintegração de posse na Justiça.
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