Família de vítimas baleadas em Camaragibe denunciam excessos de efetivo da PM

A família do adolescente e da grávida de sete meses que foram baleados em episódio violento no município de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, denunciou a abordagem feita pela Polícia Militar (PM), durante as buscas por Alex Silva, envolvido no tiroteio que matou dois PMs. O caso ocorreu na noite de quinta-feira (14), segundo familiares das vítimas os militares teriam agido de maneira “truculenta” de forma que julgam desnecessária. A mulher, de 18 anos, está internada em estado grave e já perdeu um dos olhos. 

De acordo com o irmão da gestante, Carlos Augusto Filho, ele foi levado por um efetivo da polícia para as proximidades da Arena Pernambuco, longe de onde mora. No local, o jovem foi orientado a correr. 

Carlos Augusto ainda relata momentos de tortura, mas que uma delegada do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa interviu.

Após a morte dos policiais, buscas foram iniciadas para capturar o suspeito. Durante a madrugada, três irmãos de Alex, sendo dois homens e uma mulher, que transmitiu o próprio assassinato foram mortos. Os corpos da mãe e da esposa de Alex Silva foram encontrados numa área de canavial, no município de Paudalho, na Zona da Mata. Alex foi morto na manhã da sexta-feira (15), após trocar tiros com o efetivo que realizava as buscas. Ele não possuía antecedentes criminais, não estava sendo investigado pela polícia, era Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), e tinha a arma de fogo registrada.

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco foi procurada, mas até o fechamento desta reportagem, não emitiu retorno.

Confira as informações com o repórter Guilherme Camilo, clicando no 'play' acima.