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Governo anuncia dez novos Patrimônios Vivos de Pernambuco


Por: REDAÇÃO Portal

Estado passa a ter 115 Patrimônios Vivos registrados, de diferentes regiões

07/08/2025
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Estado passa a ter 115 Patrimônios Vivos registrados, de diferentes regiões

Foto: Eduardo Cunha/Secult-PE

O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), divulgou o resultado do 20º Concurso do Registro do Patrimônio Vivo de Pernambuco. Com a escolha de mais dez mestres, mestras e grupos, o Estado passa a ter 115 Patrimônios Vivos registrados, de diferentes regiões. 
 
Os novos Patrimônios Vivos de Pernambuco são: Dona Maria Viúva (Maracatu de Baque Solto  -Glória do Goitá, Zona da Mata), Boi Tira-Teima (Bumba Meu Boi - Caruaru, Agreste), Mestra Mariquinha do Samba de Coco (Samba de Coco - Tupanatinga, Agreste), Maestro Edson Rodrigues (Frevo - Música - Recife, RMR), Mestra Joana Cavalcante (Maracatu de Baque Virado - Recife, RMR), Maracatu Nação Raízes de Pai Adão (Maracatu de Baque Virado - Recife, RMR), Dona Dá (Carnavalesca - Olinda, RMR), Mestre Lourenço (Artesanato de Palha - Goiana – Zona da Mata Norte), Terezinha do Acordeon (Matrizes do Forró - Recife, RMR) e Xirumba Amorim (Fotografia - Olinda, RMR). 

SOBRE OS NOVOS PATRIMÔNIOS
 
1. Boi Tira Teima
Criado em 1922, o grupo de Bumba Meu Boi é símbolo da cultura popular caruaruense. Liderado por Mestre Gerson e, posteriormente, por sua esposa Dona Lindaura e o filho Mestre Roberto Gercino, mantém viva a tradição centenária com ações educativas e socioculturais. Atua em festivais e escolas, com destaque para seus projetos formativos e o recente reconhecimento como Ponto de Cultura.
 
2. Dona Dá
Nascida no Recife em 1938, tornou-se figura central do Carnaval olindense. Recebeu o título de Cidadã Olindense por sua contribuição à folia e à cultura local. É símbolo da ligação afetiva e cultural entre as cidades-irmãs Recife e Olinda.
 
3. Dona Maria Viúva
Mestra do Maracatu Estrela da Tarde, fundado em seu terreiro em 1977. Sua vida é dedicada à preservação do maracatu de baque solto e à transmissão de saberes tradicionais através da oralidade e da vivência coletiva. Liderança respeitada, é referência viva da cultura afro-indígena pernambucana.
 
4. Mestra Mariquinha
Guardião do Samba de Coco, dança desde a infância. Após a morte dos primeiros mestres, tornou-se a principal liderança da manifestação em Tupanatinga. Com memória afiada e vasto repertório oral, ensina e inspira novas gerações, mesmo com saúde fragilizada.
 
5. Maestro Edson Rodrigues
Instrumentista e regente, é autor do clássico frevo "Duas Épocas" (1965). Fundador da Banda Municipal do Recife, foi homenageado no documentário Sete Corações. Professor, arranjador e incentivador de novos músicos, é uma das maiores referências do frevo pernambucano.
 
6. Maracatu Nação Raízes de Pai Adão
Fundado em 1998 por descendentes de Pai Adão no Terreiro Obá Ogunté, representa a fusão entre o maracatu e a religiosidade afro-brasileira. Mantém viva a tradição Yorubana há nove gerações, com forte atuação comunitária e sociocultural.
 
7. Mestra Joana Cavalcante
Primeira mulher a liderar uma Nação de Maracatu (Encanto do Pina). Fundadora do movimento feminista Baque Mulher, promove cultura, empoderamento e resistência por meio da arte. Atua nacional e internacionalmente com oficinas, apresentações e projetos sociais voltados à juventude e às mulheres negras.
 
8. Mestre Lourenço
Artesão da fibra da Cana Brava, aprendeu sozinho a confeccionar cestos e utensílios. É referência no artesanato pernambucano e fundador de técnicas que sustentam sua família há décadas. É Mestre Artesão desde 2013 e símbolo de resistência e criatividade.
 
9. Terezinha do Acordeon
Pioneira entre mulheres sanfoneiras, começou a tocar ainda na infância. Gravou dez discos, participou de turnês internacionais e fundou o Bloco Sanfona do Povo. Liderança no forró, atua também em projetos beneficentes e é maestrina da Orquestra Sanfônica de Pernambuco.
 
10. Xirumba Amorim
Fotógrafo, cronista e artista plástico, documenta há mais de 50 anos o cotidiano e as lutas sociais do povo nordestino. Com exposições nacionais e internacionais, sua obra é uma crônica visual da realidade brasileira. Mesmo enfrentando problemas de saúde, segue ativo e comprometido com a arte e a memória coletiva.
 

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