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Manchas de óleo ainda são mistérios

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Por: REDAÇÃO Portal

Pesquisa da Fundaj aponta que em Pernambuco foram 260 hectares de corais e 692 hectares de mangues e vegetação nativa podem ter sido afetados pela contaminação em 11 municípios.

Pesquisa da Fundaj aponta que em Pernambuco foram 260 hectares de corais e 692 hectares de mangues e vegetação nativa podem ter sido afetados pela contaminação em 11 municípios.

Foto: Fernando Alvarenga / CBN Recife

30/08/2020
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As pessoas que trabalham e moradores das regiões afetadas pelas manchas de óleo ainda sofrem depois de um ano do desastre ambiental completos neste fim de semana. Aqui no Nordeste, pelo menos 350 mil pescadores e pescadoras foram prejudicados, segundo pesquisadores do Comitê UFPE SOS Mar. 

Em Pernambuco, estima-se que esse número pode chegar a 30 mil. A primeira parte das investigações foi concluída pela Marinha do Brasil, mas não foram apontados culpados nem revelada a origem exata do derramamento do óleo.

Manchas de tamanhos variados atingiram os ambientes costeiros, especialmente manguezais, estuários de rios e lagoas. De acordo com relatório parcial de pesquisa realizada pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), divulgado na sexta-feira, 260 hectares de corais e 692 hectares de mangues e vegetação nativa podem ter sido afetados pela contaminação em 11 municípios pernambucanos. 

Nomeado de “Impactos Socioeconômicos e Ambientais da Contaminação por Petróleo nas Praias do Litoral da Região Nordeste”, a pesquisa da Fundaj confirma a hipótese inicial de que o impacto do derramamento do petróleo não é homogêneo entre os municípios, logo as políticas de mitigação devem ser desenhadas por cada cidade.

O sociólogo Cristiano Ramalho, pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e membro do Comitê UFPE SOS Mar, explica que, de outubro de 2019 ao início de janeiro deste ano, a economia da pesca no Estado entrou em colapso. 

Além do impacto ambiental propriamente dito, o fenômeno foi provocado pelo medo que as pessoas ficaram de consumirem pescados contaminados por produtos derivados do petróleo com alto teor cancerígeno. "Alguns pescados tiveram queda de, no mínimo, 90% nas vendas, como mariscos, ostra, caranguejo. Em alguns locais chegou a 100%".

Para ouvir a nota na voz de Fernando Alvarenga, clique no 'play' junto ao título.

 

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