No Brasil, 46% das casas têm problemas de saneamento, segundo levantamento

Um levantamento desenvolvido pelo Instituto Trata Brasil, feito com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continuada Anual (PNADCA) de 2022, revelou que 46,2% das moradias brasileiras contam com algum tipo de problema ou privação no saneamento. 

Para a coleta de dados, a pesquisa analisou os cinco tipos de privação - acesso à rede geral, frequência insuficiente de recebimento de água, falta de reservatório, ausência de banheiro, e falta de coleta de esgoto. 

Os estados com a maior população afetada pela falta de acesso geral de água são o Pará  (3,9 milhões de pessoas), Minas Gerais (2,3 milhões), Bahia (2,1 milhões), Pernambuco (1,8 milhão) e Rio de Janeiro (1,7 milhão). Os dados também mostram a população mais afetada pelo problema: indígenas (18,9%); seguido de pardos (15,9%) e pretos (11,1%).

Quando se fala em abastecimento irregular de água, Pernambuco é o estado mais afetado, com 6,3 milhões. Em seguida, Bahia (5,6 milhões), Pará (4,6 milhões), Rio de Janeiro (4,5 milhões), Minas Gerais (3,8 milhões) e São Paulo (3,3 milhões). Dentro dessa categoria, 17,9% da população branca é afetada pelo problema; 24,3% da preta; 20,4% da amarela; 29,5% da parda; e 32,5% da indígena.

Para o secretário de recursos hídricos e saneamento de Pernambuco, Almir Cirilo, os desafios para o abastecimento de água no Estado se devem às questões ambientais e de investimento, mas que projetos já estão sendo desenvolvidos para buscar recursos.

Vale ressaltar que a situação das moradias brasileiras afeta diretamente a saúde da população, pois colaboram para a incidência de doenças em crianças, jovens e adultos.

Ouça as informações com a repórter Lara Sá clicando no play acima.