Recife e Belém (PA) chegaram na fase de 'platô', diz pesquisa acadêmica
Sondagem mostrou que a cidade conseguiu chegar a um nível de estabilidade nas infecções pelo novo coronavírus.
Foto: Divulgação/ Prefeitura de Nova Odessa
A capital pernambucana e a cidade de Belém no Pará são as únicas capitais brasileiras que alcançaram a fase de estabilização, chamada de platô, da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. A confirmação vem por causa de uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em parceria com integrantes da Universidade Federal de Sergipe (UFSE) e da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Os resultados do estudo também apontam que, com a adoção de medidas de isolamento social no início da epidemia, as duas capitais frearam o crescimento exponencial inicial do número de mortes.
O estudo se baseia nas curvas acumuladas de mortes atribuídas à Covid-19 nessas cidades até o dia 19 de julho. Ele considera os dados disponíveis no site mantido pelo doutourando em física Wesley Cota, da Universidade Federal de Viçosa (UFV).
De acordo com os pesquisadores, Recife e Belém vão se diferenciar na evolução da curva epidêmica em seu estágio final, quando se comparam as velocidades com que as capitais se aproximam do fim da epidemia, o que é chamado de platô da curva.
Nessa fase, o Recife apresenta uma saturação relativamente rápida. A mesma análise aponta que Belém atinge a saturação mais lentamente.
O estudo também concluiu que, dentre as 27 capitais analisadas, 19 ultrapassaram a pior fase da epidemia e que nas capitais Goiânia, Belo Horizonte, Campo Grande, João Pessoa, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis e Brasília (DF), a epidemia ainda se encontra em sua fase inicial e que o relaxamento das medidas de distanciamento social causou uma mudança de tendência à saturação.
A pesquisa aponta ainda que as curvas de óbitos causados pela Covid-19 nas capitais Rio Branco, Maceió, Manaus, Macapá, Salvador, Fortaleza, Vitória, São Luís, Cuiabá, Teresina, Rio de Janeiro, Natal, Porto Velho, Boa Vista, Aracajú, São Paulo e Palmas encontram-se próximo ao pico, chamado de ponto de inflexão.
A análise foi realizada pelos professores Antônio Macêdo e Raydonal Ospina, da UFPE
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