Vacina contra Covid-19 só deve sair em dois anos, afirma secretário do Ministério da Saúde
Para representante do governo, serão necessárias pelo menos 80 milhões de doses Fonte: Agência Câmara de Notícias
Em audiência nesta quarta-feira (20) da comissão externa da Câmara que acompanha as ações de combate ao coronavírus, o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, disse que a produção em massa de uma vacina contra a Covid-19 envolve muito investimento e que isso não aconteceria em prazo menor que dois anos:
“Vacina é um investimento de, no mínimo, dois anos. Tem que comprar insumo, tem que desenvolver toda a arquitetura de produção. Não é um investimento de curto prazo e eu não acredito que tenhamos vacina sequer em 2021”, disse.
Wanderson explicou que seriam necessárias pelo menos 80 milhões de doses, que é a produção atual para a vacina da influenza.
Mais de 90 pesquisas
A pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, Natália Tachner, disse que uma vacina viável pode sair até o fim do ano e que a mais adiantada seria a que está sendo pesquisada na Universidade de Oxford, na Inglaterra. A instituição já informou que vai liberar a patente da vacina. Natália disse que são mais de 90 pesquisas de vacinas no mundo e que ela mesma participa de 5 no Brasil.
Ela explicou que a vacina para o novo coronavírus deve ser versátil como a da gripe. Ou seja, poderá ser facilmente adaptada todo ano, caso necessário.
Natália disse ainda que as pesquisas com anticorpos ainda estão em fase inicial:
“Nós estamos ainda engatinhando com a fisiologia do vírus e com a resposta imune. A ciência vai conseguir essas respostas, mas essas respostas demoram um pouco para conseguir embasar políticas públicas com segurança.”, observou.
Segundo ela, outros coronavírus mostraram que a imunidade relacionada a anticorpos, para evitar a infecção, durou cerca de dois anos. Já a imunidade celular, que é quando o vírus já entrou na célula, teve uma duração em torno de 5 anos.
Testes rápidos
O Ministério da Saúde tem comprado testes rápidos, que detectam anticorpos, para mapear o contágio da população. Segundo Natália, os falsos positivos destes testes chegam a 15%, o que descarta o seu uso para diagnóstico. Para isso, existem os testes moleculares que estão sendo usados por pessoas com sintomas e internados.
A pesquisadora explicou ainda que, mesmo que sejam detectados anticorpos nos testes rápidos, não é possível saber se eles são do tipo que oferece imunidade.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
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