Coluna da quinta | Os possíveis riscos de entregar o Senado ao PT

Após abdicar de uma candidatura que não sairia do papel (a do senador Humberto Costa ao Governo), o PT reivindicou a vaga do Senado na chapa da Frente Popular. O governador Paulo Câmara deu março como prazo para que eles apresentassem um nome.

Porém, há um risco grande que a Frente Popular corre ao se ofertar essa vaga aos PT: é ter a militância petista engajada na campanha do senador ou senadora, mas não fazer o mesmo esforço com o candidato ao Governo. 

Um exemplo disso na prática foi a eleição de 2018, através da diferença de votos que Humberto Costa teve para Jarbas Vasconcelos e o risco que o PSB teve de ver uma eleição “resolvida” ir para o segundo turno. Jarbas sofreu calor de Mendonça Filho na reta final, e Paulo foi reeleito em primeiro turno por menos de um por cento.

Ainda existe outro perigo, que já começa a ser ventilado por aliados. Ter uma chapa muito à esquerda sem um sinal ao eleitorado de centro. Sobretudo, num cenário com muitas candidaturas se posicionando ao centro.

Por fim, o maior dos benefícios é para quem for ungido. Ser o senador de Lula na terra dele, em tese, é mais do que metade da eleição consolidada. A metade que falta é a campanha propriamente dita.

NORONHA - O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, e o secretário de Telecomunicações, Artur Coimbra, estarão hoje em  Fernando de Noronha para fazerem entregas. Na cerimônia, às 12h20 (horário local), será assinada a doação dos projetos pré-executivos de uma rampa pública no arquipélago. Também serão entregues 14 antenas de internet na Ilha, uma demanda antiga de moradores, comerciantes e turistas.

DESPONTANDO NAS PESQUISAS - A deputada estadual Gleide Ângelo (PSB) está aparecendo bem em todas pesquisas feitas. A expectativa é que ela ultrapasse a votação de quatro anos atrás. A socialista tem ampliado suas bases no interior fortemente, e isso terá efeito na eleição.

FAZENDO CONTAS - Uma penca de deputados da Frente Popular está em Brasília fazendo contas para saber para qual partido irá. Sobretudo aqueles que não montaram chapa, como Raul Henry, Augusto Coutinho, Wolney Queiroz e André de Paula – este se não for o senador.

DESTAQUE - Sob o comando de Humberto Arraes, a Secretaria Executiva de Agricultura Familiar deu um salto enorme. De uma pasta inexpressiva e desconhecida, se transformou, com o ritmo de trabalho, numa parada obrigatória para deputados e prefeitos.

PINGA-FOGO: Marília Arraes criou coragem para disputar eleição longe do PT?