Eduardo Bolsonaro admite que trabalhou por sanções contra o Brasil

Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) admitiu numa live nesta terça-feira (22) que trabalhou por sanções a serem aplicadas contra o Brasil. Segundo o parlamentar, ele e o jornalista Paulo Figueiredo tiveram reuniões com autoridades norte-americanas.
"Nós não determinamos o que o governo americano faz. Na nossa opinião, esta medida [taxação] não era a melhor medida a ser aplicada nesse momento. Nós advogamos na direção de sanções direcionadas aos agentes principais da ditadura. Essa era a nossa opinião", disse Paulo.
Ainda segundo Paulo, as reuniões começaram em 2022, durante as eleições de meio de mandato nos EUA, quando o partido de Donald Trump conseguiu maioria na Câmara dos Representantes. Paulo não especificou quando Eduardo começou a participar das reuniões, mas que o incentivava a fazê-lo.
"Nós advogamos na direção de sanções direcionadas aos agentes principais da ditadura. Essa era a nossa opinião. O presidente [Trump], que é uma pessoa muito mais qualificada do que eu, é o presidente dos Estados Unidos, entendeu? 'Não, eu acho que a melhor arma do nosso arsenal neste momento são as tarifas'", disse.
Eduardo Bolsonaro afirma que um dos objetivos era conseguir sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. "Sempre trabalhei para sanções individuais no Alexandre de Moraes, mas, né, o presidente Trump, dentre as alternativas dele, escolheu essa [tarifaço]", disse.
"Depois, caso isso daí não surtisse efeito, seguir adiante em todas as demais autoridades que dão suporte para esse regime, porque o Alexandre de Moraes, ele não age sozinho, ele age com o amparo de outras autoridades brasileiras", completou.
Com informações do G1.