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Política

Governo norte-americano revoga visto de Mozart Sales em retaliação ao Mais Médicos


Por: REDAÇÃO Portal

O pernambucano participou da implantação do programa, em 2013

14/08/2025
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O pernambucano participou da implantação do programa, em 2013

Foto: Divulgação/Presidência da República

O governo dos Estados Unidos revogou os vistos do secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, o pernambucano Mozart Sales, e do ex-diretor do Departamento de Relações Internacionais da pasta, Alberto Kleiman. As sanções foram confirmadas pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, que utilizou a rede social X para criticar o Mais Médicos, programa do governo federal que contratou profissionais cubanos para atuar no Sistema Único de Saúde (SUS). 

Mozart Sales e Alberto Kleiman participaram da implementação do programa, entre 2013 e 2018, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o governo cubano. Segundo Rubio, a iniciativa foi "um golpe diplomático inconcebível".

"O Departamento de Estado está tomando medidas para revogar vistos e impor restrições de visto a vários funcionários do governo brasileiro e ex-funcionários da OPAS, cúmplices do esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”, afirmou Marco Rubio, justificando a revogação dos vistos dos brasileiros. 

Posicionamentos

Nas redes sociais, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que também ocupava o cargo durante o lançamento do Mais Médicos, no primeiro governo de Dilma Rousseff, em 2013, saiu em defesa do programa e dos integrantes do ministério.

“O Mais Médicos, assim como o Pix, sobreviverá aos ataques injustificáveis de quem quer que seja. O programa salva vidas e é aprovado por quem mais importa: a população brasileira. Não nos curvaremos a quem persegue as vacinas, os pesquisadores, a ciência e, agora, duas das pessoas fundamentais para o Mais Médicos na minha primeira gestão como ministro da Saúde, Mozart Sales e Alberto Kleiman.”

Segundo dados do Painel de Monitoramento do Mais Médicos, dos 26.414 profissionais ativos no programa, pouco mais de 2.600 são cubanos. Esse número já foi superior a 60% na década passada.

O secretário Mozart Sales também utilizou as redes sociais para se pronunciar. Sales disse ser alvo de uma sanção injusta e lembrou que médicos cubanos já prestavam atendimento em outros 58 países de diferentes orientações político-ideológicas.

"Essa sanção injusta não tira minha certeza de que o Mais Médicos é um programa que defende a vida e representa a essência do SUS, o maior sistema público de saúde do mundo - universal, integral e gratuito. Graças a essa iniciativa, a presença de profissionais brasileiros, cubanos e de outras nacionalidades ofereceu atenção básica de saúde e mãos fraternas a quem mais precisava. Diminuiu incontáveis dores, sofrimentos e mortes”, declarou.

Com uma carreira extensa no Ministério da Saúde e braço direito do ministro Alexandre Padilha, Mozart Sales também chegou a ser cotado, na última eleição municipal, como possível candidato a vice-prefeito na chapa de João Campos (PSB).

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