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Coluna especial | Cheguei, Recife! Foi o amor que trouxe pelo braço! 


Por: REDAÇÃO Portal

Foto: Carlos Lima / CMR

27/04/2023
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Quero pedir licença para não fazer uma análise política hoje e compartilhar com você, caro leitor, a alegria de ter recebido ontem, na Casa de José Mariano, o título de cidadão recifense, fruto deste veículo que vocês me ajudaram a construir. Devo a todos vocês essas homenagens.

Para aqueles que não puderam estar presentes, segue abaixo meu discurso na íntegra: 

Senhor presidente,

Subo à tribuna desta Casa, já utilizada por tantos grandes homens e mulheres do nosso povo, com um sentimento de gratidão e ao mesmo tempo de muita emoção. 

Se me permitem quero fazer alguns agradecimentos – primeiramente a Deus e à Nossa Senhora, pelo cuidado e zelo por minha vida e minha caminhada. Mas, peço permissão aos senhores e senhoras para citar alguns agradecimentos nominais: sou muito grato pelos pais que Deus me deu – que hoje tenho a honra de tê-los aqui, seu Laelson e dona Eliane. Foram seus exemplos de vida que forjaram e fizeram o que sou hoje. Obrigado por todo apoio, incentivo e exemplo. Amo muito vocês!

Preciso fazer um destaque e agradecer ao amor da minha vida, dona Wivianny, que aqui ao lado de nossos três filhos, é isso mesmo três: Clara, Antonella e o blog. Tenho a certeza que o mais difícil de cuidar é o blog, que nos consome tempo, esforço, ausências, ligações e muito cuidado. Ela é meu apoio sempre em tudo que fiz e se hoje estou aqui recebendo essa homenagem, devo também a você, meu amor. Por tantas compreensões, mesmo sem entender por muitas vezes. É paradoxo isso, mas é a verdade.  

Não menos importante, quero registrar meu agradecimento ao meu irmão Ednelson, por tantas conversas, encorajamentos e apoio. Agradeço também aos meus familiares que fizeram questão de estar aqui, e muitos deles foram importantes no início da caminhada e também àqueles tantos que não puderam vir, mas mandaram mensagens, ligaram. Na mesma intensidade meu muito obrigado aos meus irmãos da comunidade Obra de Maria, que também se esforçaram para participarem desse momento. 

Estendo minha gratidão ao vereador e primeiro-secretário desta Casa, Eriberto Rafael, um grande amigo que a cobertura jornalística política me deu e por ter concedido esse momento ímpar na minha história. Destaco, em nome do senhor presidente, a atenção e a aprovação dessa homenagem por unanimidade pelos estimados vereadores e vereadoras do nosso Recife. Quero aqui fazer um registro a todos os companheiros de profissão que sabem como ninguém o quão difícil é manter viva a chama do bom jornalismo.

Sou muito grato também a todos vocês que se esforçaram e, mesmo na correria da vida, pararam um pouco e estão aqui ao meu lado neste momento tão especial. Aos meus amigos, vizinhos, colegas de escola, de faculdade, irmãos que a vida me deu, não saberei retribui-los nunca. Quero aqui destacar a Orquestra Cidadã, por sua bela apresentação, em nome do meu amigo Dr. Targino e ao cantor Ed Carlos, por nos emocionar com sua voz. Meu muito obrigado!

Adotar é uma das ações mais sublimes da humanidade, mas ter a paternidade reconhecida também é algo muito valioso. Não foi assim na minha vida pessoal, tenho pais muito presentes desde sempre, mas deve ser para aqueles que tiveram o prazer disso em suas vidas. O sentimento que hoje carrego no peito é de um filho que recebe do pai a benção e o nome posto no registro de nascimento. Não sou órfão! Sou filho de Carpina, minha mãe, minha terra, que me gerou, me colocou no mundo, ensinou a dar os primeiros passos em todos os sentidos, que me fez homem. Uma terra acolhedora, encantadora, que me orgulho de dizer que sou seu filho, independente de onde estiver. Eu vim de lá mesmo, da Mata Norte, da terra de grandes homens e mulheres, como Paulo Marques, Sérgio Murilo, Silvério Pessoa, Valdir Coelho, Aguinaldo Silva.  Terra até que Chateaubriand escolheu para morar. Talvez foi essa atmosfera que ficou e gerou um celeiro de grandes comunicadores e tantos outros homens e mulheres que deixaram seu nome na história; uma cidade de clima ameno, de um povo caloroso, de festividades juninas e Santos Reis que ficaram na memória de quem mora lá ou já morou se apaixonar para nunca se esquecer.

Mas, hoje, repito, sinto-me acolhido pelo pai Recife, que sempre esteve presente em todos os momentos de minha vida. Quantas idas e vindas, quantas aprendizagens. Recife foi e é para mim aquele pai que me educou, me ensinou como é a vida fora de casa, os desafios da cidade grande. Foi aqui, senhor presidente, que aprendi meu ofício, foi aqui que fui forjado na universidade, na profissão que abracei. Foi nos braços do Recife que dei os primeiros saltos na carreira de jornalista. Foi aqui que aprendi que a vida não é fácil, que fazer notícia não é tarefa para qualquer um. Aprendi muito e continuo a aprender com o meu pai Recife que todo homem tem uma missão a cumprir. 

Lá se vão 9 anos de muito trabalho no blog, em que ousei colocar meu próprio nome, sei que foi ele que me trouxe também aqui ou melhor dizendo, fomos nós juntos, eu e ele. Quantas apurações, quantos offs, tantas coberturas. Registro aqui que em muitas delas foram ao lado do amigo Peruca. Entrevistas, colunas, muitas até que desagradaram, outras nem tanto, mas o sentimento às vésperas de fechar o ciclo da primeira década de blog é de que fiz e faço jornalismo como deve ser feito, com a consciência tranquila, com o travesseiro continuando a ser meu amigo ao deitar. Mas também com a certeza de que estou apenas começando. 

Senhor presidente, não poderia usar a tribuna da Casa José Mariano sem recordar algumas pessoas que já se foram mas deixaram rastros em mim. Recordo da primeira vez que pisei nesta Casa, ao lado do saudoso governador Eduardo Campos, que com orgulho integrei sua equipe antes de ter o blog. Naquela ocasião, a parada inicial quase que obrigatória foi no gabinete do também saudoso vereador Liberato Costa Júnior, o velho Liba. Dele ouvir frases que ficaram cravadas meu coração. Uma delas foi: “menino, jornalismo e política não são para amadores”. Só vim a entender isso anos mais tarde. Recordo, inclusive, aquelas dezenas ou centenas de quadros pendurados repletos de histórias. Já que falei em Eduardo Campos, digo aos mais próximos que fiz duas faculdades, uma foi a que me conferiu o diploma de jornalista e outra foram os anos que passei ao lado do governador, de quem carrego muitas histórias, do meu saudoso amigo e mestre de vida e profissão Carlos Percol, que me ensino como poucos a arte de escrever.

Por fim, encerro fazendo homenagem àqueles que já se foram, dizendo que eu tive um fã na vida, que vibrava ao máximo com cada passo que eu dava, um amigo, um conselheiro, meu sogro com cara de pai, seu Mailson, que da eternidade cuida de nós.

Parafraseando a canção de Luiz Bandeira que diz: Voltei, Recife. Ouso dizer: Cheguei, Recife! Foi o amor que trouxe pelo braço! 

Meu muito obrigado a todos

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